O advogado Tiago Lenoir, que representa a família do gari morto por um empresário na região oeste de Belo Horizonte no último dia 11, disse que o acusado pelo crime, Renê da Silva Nogueira Júnior “não tinha para onde correr”, ao comentar a confissão do suspeito.
Tiago Lenoir estava na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (19), quando a notícia da confissão de Renê Júnior repercutiu. Em entrevista a Itatiaia, ele comemorou o aceite do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) do pedido de bloquei de bens de Renê e da esposa dele.
“Isso só corrobora com todas as provas que já estavam juntadas no processo, Não tinha para onde ele correr. Ali você já tinha provas testemunhais, provas de vídeo, a própria perícia no carro vai demonstrar isso também e sobretudo a arma do crime. Foi feita uma micro comparação balística, a qual a arma de uma delegada de polícia, que é a esposa dele, foi confirmada que essa foi a arma utilizada pelo crime”, afirmou o advogado.
“Então ele negar os fatos, ele estaria agindo novamente com uma segunda desinteligência. A primeira foi tirar uma vida de uma forma hedionda, a segunda seria negar os fatos. E agora ele confessa, nós esperamos que a Polícia Civil conclua o mais rápido possível esse inquérito, entregue para o Ministério Público, o MP faça uma denúncia eficiente e ele seja de fato processado, pronunciado, levado a júri popular e ao final condenado. Que é isso que nós vamos buscar, tanto a condenação criminal quanto a reparação de todos os danos que ele causou para essa família”, continuou Lenoir.
Nesta terça-feira (19),
O projeto de lei, de autoria do deputado Adriano Alvarenga (PP), foi denominado pelo autor de “Lei Laudemir”, em alusão a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, assassinado no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, no dia 11 de agosto.
Defesa comemora bloqueio de bens
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) se manifestou favorável ao bloqueio de bens de Renê da Silva Nogueira Júnior e da esposa dele, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira.
“Nós recebemos com bastante alegria e senso de justiça que o Ministério Público manifestou favoravelmente ao pedido nosso de bloqueio de bens e valores, tanto dele, o investigado, que matou o gari Laudemir, quando a esposa dele, delegada de polícia. O Ministério Público reconheceu nosso pedido que estão previstos ali os pressupostos para esta cautelar, para que eles não delapidem este patrimônio, e ao final desse processo, como eles foram de fato condenados se tiverem que reparar este dano, eles paguem por tudo que eles fizeram”, afirmou o advogado que representa a família do gari assassinado, Laudemir de Souza Fernandes.