O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos,
Próximos passos após empresário confessar o crime
Segundo o advogado criminalista Luan Veloso, após o encerramento da investigação - agora com a confissão registrada -, a sequência da ação contra Renê da Silva ficará a cargo do Ministério Público.
“Com a finalização do inquérito, o próximo passo é o oferecimento da denúncia pelo MP. Recebida a denúncia, e constatada a existência de indícios suficientes de autoria e de prova da materialidade do crime doloso (quando há a intenção) contra a vida, o juiz poderá, ao final da primeira fase do procedimento do júri, proferir a chamada sentença de pronúncia.
Na sequência, o criminalista explica o caminho até que o caso possa ser julgado.
“Nessa decisão (sentença de pronúncia), o magistrado não declara o réu culpado, mas apenas reconhece a presença de indícios que justificam o envio do caso a julgamento pelo Tribunal do Júri, órgão competente para analisar todo o processo e decidir se o acusado é culpado ou inocente. Caso o Conselho de Sentença (formado pelo júri) considere o réu culpado, o juiz presidente fixará a pena aplicável ao caso”.
O advogado ainda destaca que a confissão do empresário pode ser um fator para reduzir a pena.
Entenda o caso
Conforme Boletim de Ocorrência (BO), o crime foi cometido no dia 11 de agosto, por volta das 9h03 na rua Modestina de Souza, bairro Vista Alegre. Laudemir trabalhava na coleta de resíduos quando o motorista de um BYD de cor cinza, que seguia no sentido contrário, se irritou, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
Renê é apontado pela polícia como o motorista. Armado, ele apontou a arma para a motorista do caminhão e ameaçou atirar no rosto dela. Ele seguiu, passou pelo caminhão, desceu do carro com a arma em punho, deixou o carregador cair, recolocou e atirou contra o gari. A bala atingiu a região das costelas do lado direito, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Renê foi preso horas depois, ao chegar à academia.
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