Fuad Noman, prefeito reeleito de Belo Horizonte, tem 77 anos e 55 anos de serviço público, como ressaltou ao longo da campanha.
Ao longo do segundo turno, Fuad falou de sua longa experiência de trabalho em oposição à de Bruno Engler (PL), seu opositor, que é deputado estadual e bastante jovem. O assunto foi pauta dos dois debates do segundo turno, na
Itatiaia e na
Globo. Fuad buscou ‘colar’ nele a imagem de uma pessoa inexperiente e
ausente às sessões da Assembleia.
Fuad começou sua carreira como engraxate. Formou-se economista e atuou em vários governos ao longo da carreira. Fuad ajudou a criar a secretaria do tesouro nacional e foi secretário de estado no governo de Aécio Neves (PSDB).
Reta final
Na reta final da campanha pelo segundo turno, as campanhas de
Fuad Noman e Bruno Engler protagonizaram uma guerra de pedidos de direito de resposta. A maior parte das decisões judiciais positivas foi para Noman, que foi atacado pelo adversário em relação
aos contratos de ônibus de BH e também no seu
trabalho como escritor. Nos dois casos, a Justiça Eleitoral considerou que os conteúdos publicados pelo oponente eram desinformação e, por isso,
houve propaganda eleitoral no dia 26, sábado, para que todos os posicionamentos fossem veiculados.
Apoios do segundo turno
Apesar de embates com
Duda Salabert (PDT) pelo voto progressista no primeiro turno e
divergências sobre o voto útil, Fuad Noman recebeu apoios da esquerda para o segundo turno - mesmo permanecendo com pautas ligadas ao centro.
No segundo turno Fuad recebeu apoios de PDT, Rede, PSOL, PT e outros partidos.
Estratégia de campanha
Fuad
começou a campanha desconhecido por mais da metade dos eleitores. Por isso, sua equipe buscou apresentar o
prefeito reeleito com autor das obras que podem ser vistas pela cidade, como os viadutos da Avenida Cristiano Machado e as
obras de contenção de enchentes na Avenida Vilarinho.
A
subida de Fuad nas pesquisas de intenção de votos coincide com o início da propaganda eleitoral de rádio e tv. Ao apresentar o prefeito, suas obras e os resultados da Prefeitura, Fuad foi crescendo ao longo da disputa.
Vice-prefeito durante o segundo mandato de Alexandre Kalil e assumindo após a saída dele para disputar o Governo de Minas, Fuad conseguiu se desvencilhar da rejeição de Kalil - que foi decisiva para que Mauro Tramonte não fosse para o segundo turno em Belo Horizonte.
Próximos desafios
No discurso da vitória, Fuad disse que “a comemoração é breve e o trabalho é longo”. Com a temporada de chuvas que começou, Fuad terá como desafio a resposta da infraestrutura da cidade aos grandes volumes de água.
No início da campanha eleitoral, em agosto, Noman disse à Itatiaia que queria “ser reeleito —e continuar prefeitando— para concluir as diversas obras e projetos que iniciamos nos últimos anos e que têm transformado a vida das pessoas e tornado Belo Horizonte uma cidade cada vez melhor”.
Outro trabalho que já começa é o de articulação política. As conversas para a eleição do novo presidente da Câmara Municipal, que será renovada em janeiro de 2025 com a
posse dos vereadores eleitos, já começaram.
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