O mercado financeiro reagiu mal à repercussão da proposta que prevê que empresas estatais mineiras, como a Copasa e a Cemig, sejam repassadas ao governo federal.
Por volta das 16h30, as ações da Copasa caíam cerca de 9%, valendo R$ 16,99 - patamar semelhante ao do início do mês. No caso da Cemig, a queda foi ainda maior: 14%, com os papéis custando R$ 10,76, mesmo número de março deste ano.
Em Brasília, o governador de Minas Gerais,
Zema se encontrou, no início da tarde desta quarta-feira (22), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para tratar do assunto e tem uma agenda marcada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) sobre o mesmo tema.
Federalização da Cemig e Copasa
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Nas últimas semanas, com a tramitação da proposta que pede autorização aos deputados estaduais para que o estado de Minas possa aderir ao RRF, outros personagens entraram no debate.
Há cerca de uma semana, Pacheco se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB) para tratar do assunto. Ambos criticaram o plano de Zema ao dizer que ele penaliza o funcionalismo público e que não resolve o problema da dívida. Conforme estimativas sobre o Plano de Recuperação Fiscal, apesar dos nove anos de duração - em que o estado teria condições mais facilitadas para pagar as prestações da dívida - o débito saltaria de R$ 160 bilhões para R$ 210 bilhões.