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Mendonça acata pedido e libera assessor de Bolsonaro de depor à CPMI do 8 de janeiro

Osmar Crivelatti era assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro; oitiva está marcada para terça-feira (19) às 9h

Osmar Crivelatti é ex-assessor da presidência da República e era subordinado a Mauro Cid

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça acatou o pedido do advogado de Osmar Crivelatti e autorizou que ele não compareça à sessão de terça-feira (19), da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos, quando deveria depor aos parlamentares sobre os fatos que antecederam o 8 de janeiro. Crivelatti é assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrava a Ajudância de Ordens subordinado às orientações de Mauro Cid.

Inicialmente, a sessão de terça-feira aconteceria para a coleta do depoimento do general Braga Netto. Entretanto, a comissão optou por adiá-lo e remarcá-lo para 5 de outubro. A declaração de Crivelatti, assim, acabou adiantada e imediatamente o advogado do assessor recorreu à Corte Suprema para liberá-lo da oitiva e evitar que ele se autoincrimine. Na decisão publicada nesta segunda-feira (18) à tarde, o relator André Mendonça garantiu a Osmar Crivelatti a opção de comparecer ou não para depor e ainda autorizou através do salvo-conduto que, indo à CPMI, ele permaneça em silêncio.

Quem é Osmar Crivelatti?

Osmar Crivelatti é assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrou a equipe de Ajudância de Ordens da presidência da República no governo passado. Antes subordinado às determinações do tenente-coronel Mauro Cid, Crivelatti é investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura a venda ilegal nos Estados Unidos de presentes de luxo recebidos pelo governo anterior.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.