Ouvindo...

‘Brasil precisa de política econômica mais previsível’, diz Zema sobre reclamação de empresários italianos

Em encontro com representantes de grupo automotivo, governador ouviu reclamações sobre ‘altos e baixos’ da economia brasileira

Zema e representantes do governo mineiro se reuniram com emissários da Iveco

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta terça-feira (12), que a imprevisibilidade dos projetos econômicos no Brasil nas últimas décadas tem afastado investidores estrangeiros.

Em encontro com representantes do Grupo Iveco e empresários italianos, em Turim, na Itália, Zema ouviu reclamações sobre os “altos e baixos” da economia nacional.

“A Iveco deixou muito claro a confiança que eles têm no Brasil e em Minas, especialmente. Eles têm reclamado, e faz sentido, que o Brasil é um país de altos e baixos. Em alguns anos, as vendas de caminhões vão lá nas alturas e, em outros, elas despencam. O que espero é que o Brasil passe a ter uma política econômica mais previsível. Ninguém fica em jejum um mês e depois come mais no outro mês. Isso causa um desarranjo no setor produtivo” afirmou Zema.

Segundo o governador, os planos de subsídios lançados para estimular a economia podem acabar atrapalhando o equilíbrio de alguns setores.

“Principalmente as políticas federais. Nós sabemos que eventualmente há subsídio para compra de caminhões e isso causa um desequilíbrio muito grande, como tivemos há 10 anos, com a falta de caminhões. Depois acaba tendo o problema do excesso, que cria um problema para os caminhoneiros, já que o frete vai lá em baixo. Então, o Brasil precisa é operar mais com o mercado e menos com subsídios isolados”, avaliou Zema.

No noite de segunda-feira (11), em jantar com representantes da Iveco, Zema anunciou uma parceria entre a empresa italiana, o governo de Minas e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.