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‘O que aconteceu ontem nesta Casa foi algo inadmissível’, diz presidente da ALMG

Deputado Tadeu Leite classificou como inadmissível atos de agressão durante reunião que recebia sindicatos de forças de segurança

Presidente da ALMG, Tadeu Leite, afirmou que atos de agressão são inadmissíveis

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite (MDB), afirmou que os atos de violência que aconteceram na segunda-feira (19), durante uma reunião com a participação de representantes das forças de segurança, são “inadmissíveis” e providências serão tomadas.

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“A Assembleia Legislativa é uma casa de todos, onde todos têm voz nas nossas comissões e galerias, mas de forma alguma essa presidência e essa casa tolerará violência contra seus servidores e contra suas deputadas e deputados. O que aconteceu no dia de ontem nesta Casa foi algo inadmissível e as providências já estão sendo tomadas. Tenho certeza que essa Casa é democrática, mas o que aconteceu ontem não pode acontecer e não voltará a acontecer”, afirmou Tadeu Leite.

Na segunda-feira, o deputado estadual João Magalhães (MDB) foi agredido durante uma reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia. No meio da confusão, um segurança da Casa levou um soco e um sindicalista alega que o parlamentar o agrediu.

Integrantes das forças de segurança pública de Minas Gerais que acompanhavam a reunião protestavam contra a aprovação de um projeto de lei que aumenta a isenção fiscal para locadoras de veículos em Minas Gerais. Os manifestantes reivindicam reajuste de salarial para policiais militares, civis, penais e bombeiros.

Agressões

Em determinado momento, o deputado João Magalhães teria sido xingado e deixou o espaço reservado aos deputados, dentro da sala onde acontecia a reunião.

“Fala na cara”, disse em direção ao local onde estavam os servidores da segurança.

Nesse momento, um grupo de pessoas que estavam sentadas desceram em direção a ele e o agrediu com tapas na cabeça e uma pasta com papeis.

O deputado, então, recuou, e, no meio da confusão, um segurança da Assembleia levou um soco na cara. O sindicalista Carlos Silveira também alegou ter sido agredido pelo deputado João Magalhães durante a briga.

“Nós estávamos protestando e o deputado João Magalhães deu a volta e veio me bater. Não sei o por que. Acertou de raspão. Ele veio para agredir porque eles estão votando um projeto de isenção, mas não pode aumentar o salário do enfermeiro, do médico, não pode aumentar o salário dos policiais, dos bombeiros”, afirmou.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.