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Reunião para discutir reajuste da segurança em Minas é adiada novamente

Audiência pública foi remarcada para que a secretária de Planejamento, Luísa Barreto, possa participar

Líder de Governo, Gustavo Valadares (à esquerda) pediu reagendamento, que foi aceito por Sargento Rodrigues

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) adiou novamente a audiência pública que será realizada para cobrar o governo Zema sobre a recomposição salarial das forças de segurança do estado.

Inicialmente, a reunião que aconteceria no dia 23 foi remarcada para sexta-feira (2). Agora, o encontro foi adiado novamente para a próxima segunda-feira (5) a pedido do líder de Governo, Gustavo Valadares (PMN).

Ele apresentou dois motivos para o pedido: primeiro, a realização da reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Minas Gerais na sexta-feira e no sábado (3). O evento terá a participação de todos os governadores dessas regiões.

Além disso, Valadares afirmou que a secretária estadual de Planejamento, Luísa Barreto, está em missão oficial ao exterior e não poderia participar da audiência caso fosse mantida a data de sexta-feira.

Luísa está na Estônia, onde participa da E-Governance Conference, que segundo o governo de Minas é o maior evento sobre governo digital do mundo. O país europeu é referência em políticas públicas no setor.

“Eu fiz essa solicitação para que a gente possa ter no próximo dia 5 uma reunião produtiva, objetiva, tratando do assunto que é muito importante”, disse Gustavo Valadares.

O pedido foi aceito pelo presidente da Comissão de Segurança Pública, Sargento Rodrigues (PL). “Nós vamos acatar a solicitação do líder de Governo porque nós precisamos da presença do secretário representando o governo. Não adianta a gente realizar a audiência esvaziada porque a gente precisa cobrar do governo a recomposição da perda inflacionária”, disse ele.

Além de Luísa Barreto, devem comparecer à audiência pública o secretário de Governo, Igor Eto, e o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

Insatisfação

A audiência pública foi convocada após o governo dizer em reunião no início de maio com deputados da bancada da segurança que planeja conceder 5,8% de recomposição salarial para todos os servidores públicos.

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As exceções seriam apenas os professores e profissionais da educação básica. Na terça-feira (30), Zema enviou projeto para reajustar o salário deles em 12,84%, de forma a cumprir o piso nacional da educação básica.

A proposta do governo Zema desagradou a segurança pública porque a categoria pede 35,4% de recomposição relativa às perdas inflacionárias a partir de 2015 e que não foram compensadas.

O percentual maior para a educação também gerou irritação nas forças de segurança. “O projeto da educação acabou de chegar na Assembleia, 12,84%, retroativo a 1º de janeiro, inclusive para pensionistas e aposentados. Você vai ficar aí parado, de braços cruzados?”, publicou Sargento Rodrigues nas redes sociais, se dirigindo aos servidores da segurança.