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Japão pode isentar brasileiros de visto para entrada no país

Brasil tem a maior comunidade de descendentes japoneses fora do país asiático

Delegação brasileira aproveitou G-7 realizado em Hiroshima para se encontrar com representantes do governo japonês

Em uma reunião bilateral com o presidente Lula (PT) durante a cúpula do G-7 na cidade de Hiroshima neste sábado (20), o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que o país vai iniciar os procedimentos necessários para conceder isenção de visto para visitantes brasileiros.

O Brasil é a casa de 2 milhões de descendentes japoneses, a maior comunidade formada por essas pessoas fora do Japão. Por outro lado, cerca de 204 mil brasileiros vivem no país asiático — a quinta maior comunidade brasileira no exterior.

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No campo econômico, o Japão foi o 10º maior parceiro comercial do Brasil no ano passado. As negociações de exportação e de importação entre os dois países somaram US$ 11,9 bilhões, o equivalente a R$ 59,5 bilhões na cotação atual.

O Brasil vende para o Japão produtos como milho, minério de ferro, carne de frango, café, alumínio e soja. No sentido inverso, compra do país asiático autopeças, compostos químicos, máquinas e equipamentos.

Parceria tecnológica

“Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia”, disse Lula durante o encontro com os representantes do governo japonês.

Segundo a Presidência da República, o Brasil tem interesse em fechar parcerias com o Japão em áreas como tecnologia espacial, inteligência artificial, energias renováveis e pesquisas oceânicas.

Já o primeiro-ministro do Japão pediu a participação do Brasil na discussão de temas em que existem dificuldades para se chegar a um consenso a nível global. “Contamos com a experiência do senhor presidente Lula. Teremos discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade. Estamos muito dispostos a cooperar com o Brasil”, afirmou Fumio Kishida.