A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de
A cassação de Deltan foi determinada na noite dessa terça-feira (16), por causa de processos do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Ex-procurador da República, ele foi acusado pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV,
No plenário da Câmara dos Deputados, Rogério Correia, do PT de Minas, comentou o caso. “Já havíamos denunciado diversas vezes que esse deputado tentou, mais uma vez, infringir a lei — o que já fez inúmeras vezes como promotor de Justiça. E o fez utilizando o Ministério Público com as piores intenções e desmoralizando a própria instituição”, disse.
“Ele seria cassado pelo Ministério Público e, antes que acontecesse o julgamento, pediu demissão para não ser cassado. Tentou, assim, enganar a justiça e foi eleito deputado federal pelo Paraná. Foi eleito sabendo que não podia ser candidato”, completou.
Já Nikolas Ferreira, do PL, lamentou o resultado do julgamento. “É só cassar todo mundo que não tem oposição. Bem democrático”, escreveu, no Twitter.
“Uma pausa pra um recado aos isentões que fizeram campanha pelo voto nulo: o Brasil não é otário e lembra bem quem são vocês. O que está acontecendo hoje tem suas digitais”, continuou, em menção à disputa eleitoral entre Lula e Jair Bolsonaro (PL).
Aihara: ‘cassação injusta e imoral’
Para Pedro Aihara (Patriota), a decisão tomada pelo TSE é “injusta e imoral”. “(A cassação) ofende os 344.917 eleitores que o escolheram como representante. No mesmo dia que Deltan é cassado, as penas de (Paulo) Maluf são extintas. A típica hipocrisia brasileira”, falou.
O caso de Paulo Maluf citado por Aihara diz respeito à extinção, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), das penas do ex-governador paulista. O ministro Edson Fachin entendeu que a situação de Maluf se encaixa nos termos do indulto natalino expedido por Bolsonaro no ano passado. O perdão extingue a pena privativa de liberdade, mas não mexe em outros efeitos da condenação, como multas.
Célia Xakriabá diz que Deltan tentou ‘fugir de um crime’
De volta à esquerda, também houve comentário da deputada federal Célia Xakriabá (Psol).
“O entendimento (do TSE) é de que houve tentativa de fraude ao pedir a sua exoneração como procurador para fugir de punições pela sua atuação na operação lava jato. Tentou fugir de um crime e acabou sem mandato”, exclamou.