O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou nesta terça-feira (25) o Núcleo de Combate a Crimes Praticados contra Corporações (Nucorp), que tem como objetivo investigar e combater crimes praticados contra empresas ou por empresas.
Essa era uma demanda antiga do setor empresarial, que às vezes ficava com medo de denunciar quando sofria algum golpe, tremendo que a própria empresa pudesse ser penalizada.
O órgão, lançado nesta terça-feira (25), já tem cinco notícias-crime para se investigar, contando com a parceria de outros órgãos, como Polícia Civil, Gaeco e PM.
O núcleo também pretende combater crimes de funcionários públicos contra empresas privadas, que podem sofrem tipos de extorsões.
“O Nucorp foi criado com esse objetivo, para receber as representações do setor empresarial, para proceder as investigações, no sentido que a atividade empresarial regular seja respeitada e gere emprego e renda, e aquela que eventualmente cometa crimes, seja punida e aqueles que cometam crimes contra as empresas sejam punidos”, explicou o procurador-geral do Estado, Jarbas Soares.
O procurador defendeu que o novo núcleo permitirá mais segurança para as empresas alvos de golpes e fraudes denunciarem.
“O MP consegue reunir hoje as áreas do combate ao crime organizado, aos crimes econômicos e aos crimes cibernéticos, que estão interligados. Cria um ambiente seguro para as empresas, que muitas vezes não denunciam com receio que a denúncia seja imputada à própria empresa na opinião pública. Então aqui há um sistema de sigilo nas investigações e elas só são divulgadas quando elas são concluídas”, disse.
O setor bancário foi apontado como o que mais sofre tentativas de golpes e fraudes de criminosos. A estimativa é que o setor bancário tenha perdido em 2022 cerca de R$ 2,5 bilhões com esses golpes.
O governador Romeu Zema (Novo) participou da cerimônia de lançamento do Nucorp e afirmou que o estado dá um passo importante no combate ao crime organizado.
“Quando o crime organizado avança, a vida de quem é do bem fica mais complicada. Temos que punir as empresas que sonegam, que adulteram e que falsificam. Mas aquelas empresas que são do bem precisam ter um ambiente seguro e satisfatório para estar trabalhando, ou quem perde é o consumidor”, disse Zema.