O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo de todas as imagens do circuito interno de câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. As imagens estão em posse do GSI e fazem parte da investigação sobre o episódio, que culminou na invasão e quebra-quebra das sedes dos Três Poderes.
Além da quebra do sigilo das imagens na íntegra, Moraes determinou, ainda, que elas passem por perícia para saber se houve algum tipo de edição ou adulteração no conteúdo.
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“Determino a quebra do sigilo da divulgação das imagens do dia 8/1/2023 do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto em poder do GSI, com o envio a esta Suprema Corte, em 48 horas, de todo o material existente, observada a preservação integral das imagens, que será aferida em posterior perícia, para efeito de preservação da cadeia de custódia”, escreveu Moraes na decisão.
As imagens, que estavam de posse do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) havia sido solicitada por veículos de imprensa por meio da Lei de Acesso à Informação, mas os pedidos foram negados. Agora, as imagens poderão ser acessadas por qualquer pessoa.
Imagens mostram movimentação no Planalto
A liberação determinada por Moraes ocorre dois dias depois que a emissora de televisão CNN Brasil veiculou as imagens de câmeras de segurança da sede do Executivo federal. Os registros divulgados mostram que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, esteve no Palácio do Planalto durante a invasão.
Conforme as imagens, ele aparece orientando invasores a deixar os corredores do terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à TV Globo, ele disse que estava tirando as pessoas do local para que elas pudessem ser presas no segundo andar.
A repercussão das imagens levou o general da reserva a
Outros agentes do GSI também aparecem nos registros. Uma outra decisão de Alexandre de Moraes determina que o órgão identifique as pessoas para que suas condutas possam ser avaliadas pelas investigações.
Ex-ministro prestou depoimento
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva
À TV Globo, o militar disse que essa é uma “grande oportunidade para esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa” e que confia que ficará provado, na Justiça, que não teve “qualquer responsabilidade” nos fatos ocorridos em 8 de janeiro.