A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) começa, nesta segunda-feira (20), a mediar a negociação entre a prefeitura e os servidores municipais envolvendo a campanha salarial deste ano. O impasse foi formado depois que o funcionalismo anunciou uma greve, com início nesta terça-feira (21), após ter negado a proposta do Executivo - que ofereceu reajuste de 5,93%.
Na última sexta-feira (17), o presidente do sindicato, Israel Arimar, se reuniu com o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido). O sindicalista pediu intermediação do Legislativo para resolver a questão salarial, principal entrave entre os servidores e a prefeitura, e que levou ao anúncio da greve.
Na ocasião, o Sindibel protocolou uma carta em que ressaltou que a Câmara Municipal aprovou um reajuste salarial para os seus servidores de 10,4% mas que a prefeitura apresentou uma proposta de 5,93% divididos em duas parcelas - que seriam pagas em agosto e dezembro. Os servidores pedem 20% de aumento para este e o próximo ano.
Servidores marcam greve
Insatisfeitos com a
A Prefeitura de Belo Horizonte diz não ter condições financeiras de arcar com um reajuste de 20% pedido pelos servidores municipais.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, argumenta que um estudo elaborado pela entidade indica que, já em janeiro, seria preciso um reajuste de 7%. Em junho, esse percentual chegaria a 11% e, em dezembro, por conta da inflação acumulada ao longo do ano, o reajuste seria de 14%.
Somado à inflação esperada para 2024 - ano em que os aumentos salariais para funcionários públicos ficam mais restritos devido às eleições municipais - os servidores apontam a necessidade de um reajuste de 20%.