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Fuad Noman se reúne com servidores na Câmara para negociar proposta salarial e evitar greve

Funcionalismo público negou proposta de aumento de 5,93% e pediu mediação do Legislativo na crise com a prefeitura

Prefeito Fuad Noman se reúne nesta segunda

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) começa, nesta segunda-feira (20), a mediar a negociação entre a prefeitura e os servidores municipais envolvendo a campanha salarial deste ano. O impasse foi formado depois que o funcionalismo anunciou uma greve, com início nesta terça-feira (21), após ter negado a proposta do Executivo - que ofereceu reajuste de 5,93%.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), se reúne com vereadores e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) a partir das 15 horas.

Na última sexta-feira (17), o presidente do sindicato, Israel Arimar, se reuniu com o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido). O sindicalista pediu intermediação do Legislativo para resolver a questão salarial, principal entrave entre os servidores e a prefeitura, e que levou ao anúncio da greve.

Na ocasião, o Sindibel protocolou uma carta em que ressaltou que a Câmara Municipal aprovou um reajuste salarial para os seus servidores de 10,4% mas que a prefeitura apresentou uma proposta de 5,93% divididos em duas parcelas - que seriam pagas em agosto e dezembro. Os servidores pedem 20% de aumento para este e o próximo ano.

Servidores marcam greve

Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial oferecida pela Prefeitura de Belo Horizonte, servidores municipais aprovaram nesta quinta-feira (16), em assembleia, uma greve com data para começar na próxima terça-feira (21).

A Prefeitura de Belo Horizonte diz não ter condições financeiras de arcar com um reajuste de 20% pedido pelos servidores municipais.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, argumenta que um estudo elaborado pela entidade indica que, já em janeiro, seria preciso um reajuste de 7%. Em junho, esse percentual chegaria a 11% e, em dezembro, por conta da inflação acumulada ao longo do ano, o reajuste seria de 14%.

Somado à inflação esperada para 2024 - ano em que os aumentos salariais para funcionários públicos ficam mais restritos devido às eleições municipais - os servidores apontam a necessidade de um reajuste de 20%.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.