Preso
A casa de Torres foi alvo de uma operação de fiscais do órgão por conta de uma área de criação de pássaros silvestres, o que resultou na aplicação de multas de R$ 34 mil. Ao todo, foram lavrados quatro autos de infração contra o ex-ministro. Torres mantém 60 aves em um criadouro dentro de sua casa e uma delas foi encontrada com a pata mutilada.
De acordo com o Ibama, a operação é fruto de uma investigação interna, no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass), que começou em 2022, quando ele ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça.
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“Na ocasião, agentes ambientais notaram que a marcação de uma ave mantida por criador amadorista constava no sistema apenas como anilha. Ao buscar informações mais detalhadas, os investigadores constataram que a peça de identificação estava sob responsabilidade de Anderson Torres, embora a ave fosse mantida por outro criador”, informou o Ibama por meio de nota oficial.
Outra irregularidade imputada a Torres é que ele, que possui registro para criação de pássaros silvestres, havia transferido o registro dos animais para o nome de sua mãe “e que ambos teriam ultrapassado o limite de transferência estabelecido para criadores amadoristas”.
Ainda segundo o Ibama, os fiscais embargaram a atividade e notificaram Anderson Torres para apresentar informações sobre os animais registrados no sistema que não estavam no local.
“O ex-ministro responderá por utilizar animais em desacordo com a autorização obtida, pela inserção de dados falsos no sistema e por mutilação”, informa o Ibama.
Essa é segunda vez em que a residência de Anderson Torres é alvo de uma operação. No mês passado, em meio às investigações sobre o 8 de janeiro, a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que previa intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de mudar o resultado das eleições. O caso é investigado tanto no STF como em uma ação na Justiça Eleitoral.
Anderson Torres preso
Ele foi exonerado pelo então governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), em meio às invasões às sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional. Em seguida, teve o pedido de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.