O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes, e o futuro líder da legenda na Casa, Zeca Dirceu pediram que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo uso de recursos públicos nas
A ação dos parlamentares se baseiam nas notas fiscais de compras realizadas com o cartão corporativo da Presidência, revelado pela agência de jornalismo investigativo “Fiquem Sabendo”.
Na representação, Lopes e Dirceu citam uma “motociata” realizada em maio de 2021 no Rio de Janeiro que custou aos cofres públicos R$ 116 mil “contando com o suporte de policiais militares, tropa de choque, socorristas e agentes do Exército. “Em alguns deslocamentos, mais de 200 integrantes das Forças Armadas chegaram a ser empregados”, diz a denúncia.
Veja também:
"É irrefutável o desvio de finalidade no uso do cartão corporativo da presidência da república nos eventos apelidados de ‘motociata’, devendo os responsáveis devolver os recursos ao erário, além de sofrer as consequências administrativas pertinentes”, afirmam os parlamentares na representação.
Em entrevista à reportagem, Reginaldo Lopes alega que, por meio do cartão corporativo, recursos públicos foram empregados em crime eleitoral.
“Queremos a imediata investigação contra o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, por utilizar de forma irregular o cartão corporativo, utilizando o dinheiro público para promover um crime eleitoral, campanha antecipada, através das motociatas”, afirmou, ressaltando que cada “motociata” custou, em média, R$ 100 mil aos cofres públicos.