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Exonerado, ex-secretário Anderson Torres critica ataques em Brasília e rebate acusações: ‘hipóteses absurdas’

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) decidiu exonerar o então secretário Anderson Torres neste domingo (8), durante os ataques em Brasília

Ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres criticou ataques em Brasília neste domingo

Exonerado durante os ataques em Brasília neste domingo (8), o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, publicou uma nota nas redes sociais nesta madrugada de segunda-feira (9) lamentando os atos violentos cometidos contra as sedes dos Três Poderes e rebatendo as acusações de que teria sido conivente com os crimes praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Em viagem com a família nos Estados Unidos, Torres declarou que foi surpreendido pelas invasões dos prédios públicos na capital federal e afirmou que os atos praticados por manifestantes são “totalmente incompatíveis” com as crenças dele. O ex-secretário classificou ainda os ataques como fruto de “insanidade coletiva”.

Alvo de críticas pela atuação da Polícia Militar (PM) e pelo despreparo das forças de segurança durante as invasões ao Congresso, ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), Torres negou ser conivente com os ataques. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, declarou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a pedir a prisão de Torres.

Leia na íntegra a nota de Anderson Torres:

O que aconteceu em Brasília?

Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram em manifestação na praça dos Três Poderes, em Brasília, na manhã deste domingo (8); entretanto, no início da tarde, criminosos romperam os bloqueios e invadiram as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. À noite, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou a prisão de, pelo menos, 400 manifestantes – recolhidos em ônibus da Polícia Militar (PM) e transferidos para o Departamento de Polícia Especializada (PCDF).

Após as invasões e os atos de depredação do patrimônio público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal sobre a segurança pública do Distrito Federal. A medida excepcional permite que o governo federal se torne responsável pela segurança na área. O interventor será o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli. O decreto mantém a intervenção até o próximo 31 de janeiro.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.