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Moraes determina fim de acampamentos e desobstrução de ruas pelo Brasil após ataques em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes determinou que as polícias militares trabalhem nas ações de desmonte dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro

Acampamentos têm que ser dissolvidos em até 24 horas, segundo determinação do presidente Jair Bolsonaro

Acampamentos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm que ser desmontados em até 24 horas contadas a partir do início da madrugada de segunda-feira (9). O fim das bases dos manifestantes nas imediações de quartéis e unidades militares é uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tomada após os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, nesse domingo (8).

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Em decisão que determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ministro também decretou a prisão dos integrantes dos acampamentos em flagrante – eles são acusados de uma série de crimes, são eles: atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

No documento, Moraes prevê ainda o uso das polícias militares para o desmonte dos acampamentos. O ministro alerta também que os governadores estaduais que não cumprirem a decisão do uso da PM para desmontar os acampamentos poderão ser pessoalmente responsabilizados.

Bloqueios nas ruas também terão que acabar, determina Moraes

Também no Inquérito assinado na noite de domingo (8), o ministro Moraes obriga a desocupação das ruas bloqueadas por manifestantes apoiadores de Bolsonaro no prazo máximo de 24 horas. As polícias militares, Rodoviária Federal e Federal terão que agir para liberar as vias e os prédios públicos de todo o país.

O que aconteceu em Brasília?

Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram em manifestação na praça dos Três Poderes, em Brasília, na manhã deste domingo (8); entretanto, no início da tarde, criminosos romperam os bloqueios e invadiram as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. À noite, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou a prisão de, pelo menos, 400 manifestantes – recolhidos em ônibus da Polícia Militar (PM) e transferidos para o Departamento de Polícia Especializada (PCDF).

Após as invasões e os atos de depredação do patrimônio público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal sobre a segurança pública do Distrito Federal. A medida excepcional permite que o governo federal se torne responsável pela segurança na área. O interventor será o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli. O decreto mantém a intervenção até o próximo 31 de janeiro.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.