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Chefe de gabinete de Lula exonera braço direito de Bolsonaro, investigado pela PF

Mauro Cesar Barbosa Cid foi citado pela Polícia Federal por fornecer informações falsas ao ex-presidente sobre a covid-19

Ajudante de ordens de Bolsonaro chegou a ter movimentações financeiras monitoradas pela PF

Uma portaria assinada pelo chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marco Aurélio Santana Ribeiro, exonerou nesta quinta-feira (5), o braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ele era chefe do Executivo.

Trata-se do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, Assessor-Chefe Militar da Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República.

O documento coloca a exoneração de forma retroativa ao dia 31 de dezembro de 2022, último dia de mandato de Bolsonaro.

Mauro Cesar Barbosa Cid foi investigado pela Polícia Federal em um inquérito que concluiu que o ex-presidente praticou ato “capaz de produzir pânico ou tumulto” e por incitação ao crime.

A investigação aponta que o presidente divulgou notícia falsa que relacionou a vacina da covid-19 ao risco de contrair Aids e estimulou as pessoas a não usarem máscara de proteção.

“Jair Messias Bolsonaro, de forma direta, voluntária e consciente, disseminou as desinformações produzidas por Mauro Cesar Barbosa Cid, em sua ‘live’ semanal no dia 21 de outubro de 2021, causando verdadeiro potencial de provocar alarma junto aos espectadores”, afirmou a PF.

Com relação ao ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid, é apontado como autor de informações usadas por Bolsonaro em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A investigação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.