MPF conclui investigação de assédio sexual contra ex-presidente da Caixa

O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações de assédio sexual que envolvem o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O processo está sob sigilo e ainda não é possível saber se ele foi ou não denunciado pelo órgão. A informação foi confirmada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), que acompanha os desdobramentos do caso.

Pedro Guimarães foi denunciado por, ao menos, 14 mulheres desde julho de 2019, poucos meses depois de tomar posse como presidente da Caixa. A investigação foi aberta pelo MPF em junho de 2022, depois que uma reportagem do portal “Metrópoles” que trouxe à tona as denúncias contra ele.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte, após pressão para que ele deixasse o cargo. No seu lugar, o então presidente Jair Bolsonaro (PL), nomeou Daniella Marques Consentino.

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Além da investigação do MPF, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também entrou com uma ação contra Guimarães e pediu pagamento de indenização de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Além disso, o órgão também pediu a aplicação de multa de mais de R$ 300 milhões à Caixa por omissão nas investigações internas.

Relembre o caso Pedro Guimarães

Uma reportagem do portal Metrópoles, publicada em 28 de junho de 2022, revelou que um grupo de funcionárias da Caixa resolveu denunciar situações de assédio vividas com Pedro Guimarães durante compromissos de trabalho.

A publicação mostra depoimentos das vítimas, que relataram casos em que o ex-presidente da Caixa fazia comentários desrespeitosos e hostis, as apalpava sem consentimento ou fazia convites para que fossem ao quarto delas.