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PL não apresenta informações de urnas no 1º turno e reitera que TSE investigue resultados do 2º turno

Valdemar Costa Neto convocou nova coletiva em que reitera haver indícios de irregularidades em 279 mil urnas utilizadas

Valdemar Costa Neto concedeu nova entrevista nesta quarta-feira

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, convocou uma nova coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23) em que reiterou que há indicios de irregularidades em 279 mil urnas eletrônicas no segundo turno das eleições, mas não estendeu os questionamentos ao primeiro turno, em que as mesmas urnas são utilizadas. Na votação do primeiro turno, o PL teve a eleição da maior bancada de deputados federais, incluindo o próprio Valdemar.

Segundo o presidente do PL e o advogado do partido, Marcelo Bessa, os dados referentes ao primeiro turno serão apresentados caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceite a ação e abra uma investigação sobre os resultados do segundo turno.

O PL questiona, no TSE, os resultados das urnas eletrônicas de modelos anteriores ao ano de 2020. Segundo partido, nas urnas em que há indícios de irregularidades, a vitória foi do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já nas urnas de modelo 2020, Bolsonaro teria tido uma vantagem de mais de 1 milhão de votos.

Ontem, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que o partido apresentasse, também, um relatório relacionado ao primeiro turno das eleições, o que não foi feito.

“O que nós dissemos é que fizemos a opção de verificação no seguno turno até porque entendemos que, pela transparência e necessidade do devido processo legal, seria impossível fazer com que todas as pessoas atingidas [no primeiro turno] viessem aos autos se manifestar”, afirmou o advogado Marcelo Bessa, que completou que a verificação relacionada ao primeiro turno - que culminou com eleição de governadores e parlamentares do próprio PL - poderia ser feita em outro momento.

“Como essa questão pode ser resolvida do ponto de vista do segundo turno, nesse momento pedimos que fosse feita a verificação do segundo turno. Constatados os erros, caso o Tribunal constate isso, então se estende para o primeiro turno, possibilitando que os envolvidos possa se defender e defender os seus interesses”, afirmou.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.