Em meio aos frequentes reajustes dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a paridade de preços internacionais (PPI) adotada pela Petrobras no cálculo dos preço dos combustíveis.
Em entrevista exclusiva para a Itatiaia, na manhã desta quarta-feira (22), o presidente afirmou que a política de paridade serviu para “estancar a hemorragia da empresa após os governos petistas”, mas que não serve mais para o Brasil.
“Fizeram uma regulamentação própria no governo Temer para estancar a hemorragia da roubalheira na gestão do governo Dilma e Lula. Um endividamento com roubo, desvios, obras começadas e não concluídas. Foi feito um acerto e o estatuto criou a paridade de preço internacional, que no meu entender já cumpriu seu papel. É igual um torniquete. Você faz para estancar a hemorragia, mas depois tem que afrouxar para não gangrenar a perna. A perna que é a Petrobras agora está gangrenando com esse PPI, não tem justificativa de subir imediatamente o preço aqui. Ainda mais a ganância da Petrobras, que está tendo lucros inimagináveis. Poderia não dar esses reajustes todos”, afirmou Bolsonaro.
O presidente reclamou da dificuldade de implementar mudanças na empresa e cobrou do Conselho de Administração da estatal uma rapidez maior para avaliar os nomes indicados pelo Palácio do Planalto.
“A dificuldade para trocar é que passa o nome pela análise do conselho de administração, que tem relutando em aceitar. O presidente renunciou nesta semana, botaram um interino, estamos com dificuldade. Era para ser colocado nosso indicado ontem, passou para hoje, depois passou para semana que vem”, disse Bolsonaro.
