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Segundo o IBGE, o volume de serviços está 18,7% acima do nível pré-pandemia de Covid-19 (fevereiro de 2020) e renovou o patamar recorde da série histórica. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
O setor foi impulsionado pelo resultado positivo de 0,4% do segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, com ganho acumulado de 2,0%. O destaque da atividade foi puxada por empresas que atuam na área de programas de fidelidade e cartões de desconto, atividades jurídicas, e aluguel de máquinas e equipamentos.
Outro avanço relevante foi do
A única queda foi no grupo de informação e comunicação, com um resultado negativo de 0,5%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a atividade foi pressionada pelo suporte técnico de manutenção, além de uma queda no movimento do cinema. “No caso de exibição e distribuição cinematográfica, o resultado é explicado pela base elevada de comparação no mês de julho, que é um mês de férias”, explicou.
Porém, o pesquisador afirma que a atividade tem um crescimento consistente no acumulado dos últimos sete meses. “Apesar do recuo em serviços de informação e comunicação este mês, a atividade de serviços de tecnologia da informação foi a que mais influenciou a alta acumulada de 2,6% em sete meses. Ela traz um aumento de produtividade notável desde o pós-pandemia e segue crescendo de uma forma continuada”, destacou.
Setor segue ‘ligeiramente melhor’ do que o esperado
O setor de serviços está “ligeiramente melhor” do que o esperado pelo mercado, que esperava uma estabilidade em agosto. Uma análise da equipe de macroeconomia da Genial Investimento, liderada por José Camargo, ressalta que o resultado mostra um processo gradual de arrefecimento da economia brasileira.
O impacto negativo de uma política monetária restritiva, com taxa de juros em 15% ao ano, é compensado por uma política fiscal expansionista e por um
“Com os resultados mais recentes, a média móvel trimestral do volume de serviços manteve alta de 0,3%, repetindo o desempenho observado nos meses anteriores e reforçando a percepção de que o setor segue operando em terreno positivo, ainda que com crescimento mais moderado. O dado corrobora nossa avaliação de que, mesmo diante de um ambiente macroeconômico desafiador, com inflação elevada, política monetária restritiva e elevado grau de incerteza, o setor de serviços permanece resiliente e deve sustentar um processo gradual de arrefecimento da economia brasileira”, disse.