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Comércio e serviços devem abrir 118 mil vagas para fim do ano em todo país

Pesquisa mostra que haverá movimentação significativa no mercado de trabalho sazonal

Comércio fica mais movimentado durante o Natal

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (22) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o comércio e os serviços devem abrir aproximadamente 118 mil vagas em todo o país, sejam temporárias, efetivas, informais e terceirizadas.

O levantamento aponta que haverá movimentação significativa no mercado de trabalho sazonal. Um terço das empresas (33%) já contratou ou pretende contratar, sendo que, 20% desse grupo ainda não o fizeram, mas têm a intenção. A maioria, 59%, não deve contratar, especialmente as microempresas com até quatro funcionários.

O aumento da demanda no fim do ano continua sendo o principal motor das contratações no país. Segundo a pesquisa, 47% dos empresários afirmam que precisam reforçar as equipes para dar conta do movimento extra típico da época. Outros 22% citam a reposição de vagas em aberto por causa da alta rotatividade, enquanto 20% enxergam na contratação uma estratégia para elevar a qualidade dos serviços diante da concorrência acirrada.

Entre os que já contrataram ou planejam contratar, metade (50%) deve optar por temporários, com contratos que duram, em média, 2,5 meses — chegando a 2,9 meses nas capitais. Mas a boa notícia é que esse movimento pode se transformar em oportunidade permanente: 47% das empresas pretendem efetivar os profissionais temporários após o período. No total, cada empresa deve abrir, em média, 1,9 vaga neste fim de ano.

Intenção de contratação

A maior parte dos empresários (65%) pretende manter o quadro de funcionários, enquanto 23% planejam aumentar a equipe. Apenas 3% indicam uma possível redução.

Cinquenta e três por cento pretendem contratar funcionários registrados pela empresa, 41% sem carteira assinada e 18% terceirizados. Entre as vagas que serão abertas, a maioria (87%) é para trabalho presencial.

As funções mais demandadas são: vendedor 31% (predominantemente no comércio), cabeleireiro(a) (8%), ajudante (6%), manicure (6%), balconista (6%).

Vinte quatro por cento pretendem iniciar as contratações em outubro (um aumento de 9% em relação a 2024), 21% em novembro e 15% em setembro.

Remuneração e benefícios

A remuneração média oferecida será de R$ 1.819,36. Cerca de 39% das empresas pagarão um salário-mínimo (R$ 1.518), e outros 39% oferecerão até dois salários-mínimos (R$ 3.036). A jornada de trabalho média é de 7h08 por dia.

O levantamento mostra ainda que mais da metade das empresas que pretendem contratar (56%) oferecem algum tipo de benefício, como vale-transporte (77%), vale-alimentação ou refeição (60%) e participação nos lucros ou comissões (16%).

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, ressalta que, apesar do cenário de instabilidade econômica citado por 32% das empresas que não pretendem contratar, a perspectiva geral é de otimismo.

“O brasileiro está buscando oportunidades, e o mercado está se movimentando para atender a essa demanda. Acreditamos que o segundo semestre será um período de crescimento para os pequenos e médios negócios, que são a espinha dorsal da nossa economia”, conclui Pellizzaro.

Metodologia

  • Público-alvo: empresários brasileiros com empresas de todos os portes, dos setores de comércio varejista e serviços, de todas as regiões do Brasil, das capitais e interior;
  • Tamanho amostral da Pesquisa: coleta feita via CATI;
  • Amostra: 533 casos;
  • Margem de erro: 4,24 p.p;
  • Confiança: 95%;
  • Data de coleta dos dados: estudo realizado entre os dias 23 de Junho a 16 de Julho de 2025.
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