Ouvindo...

Mercado de trabalho tem o pior agosto na geração de vagas formais desde 2020

Geração de emprego no Brasil caiu em 38% em relação a julho segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

Agosto registrou 2.239.895 contratações de carteira assinada

O mercado de trabalho brasileiro teve o pior agosto na abertura líquida de vagas desde 2020, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, o país teve um saldo de 147.358 vagas.

Em relação a agosto de 2024, o mercado de trabalho teve uma queda de 38%, quando na época foram registradas a criação de 239 mil vagas formais. Em agosto de 2020, primeiro ano do Novo Caged, foram registradas 214 mil vagas.

Segundo os dados do mês passado, foram 2.239.895 contratações de carteira assinada no mês passado, e cerca de 2.092.537 demissões. O destaque fica para o setor de serviços, que registrou um saldo líquido de 81.002 contratações. O pior setor em agosto foi o Agro, que registrou um saldo negativo de 2.665, ou seja, registrou mais demissões do que contratações.

A geração de emprego formal teve saldo positivo em 25 estados, com destaque para São Paulo com 45.450 novas vagas, seguido pelo Rio de Janeiro (16.128) e Pernambuco (12.692). Minas Gerais teve um saldo de 1.214, com 233.144 contratações e 231.930 demissões.

Entre os estados que tiveram saldo negativo, o Rio Grande do Sul teve a extinção de 1.648 vagas de emprego formais. Ao todo, foram 126.175 contratações e 127.823 demissões. Roraima também teve um resultado negativo de 262 vagas, registrando 4.539 demissões e 4.277 contratações.

Segundo o Ministério do Trabalho, dos empregos gerados 75,1% são considerados típicos e 24,8% não típicos, com destaque para trabalhadores com jornada de até 30 horas por semana, principalmente na área da educação.

O salário médio real de admissão registrado pelos dados do Caged de agosto atingiu R$ 2.295,01, apresentando alta de R$ 12,70 em relação a julho, quando estava em R$ 2.282,31.

Leia também

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.