O módulo sobre Trabalho e Rendimento do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 35,3% dos trabalhadores do país
O Censo também mostra que apenas 7,6% das pessoas ocupadas possuíam rendimentos superiores a cinco salários mínimos - R% 6.060 em 2022. Os dois percentuais representaram um recuo em relação ao levantamento de 2010, quando foi registrado 36,4% das pessoas com até um salário mínimo, e 9,6% com mais de cinco.
Esse contingente de pessoas que recebiam até o piso salarial em 2022 representa cerca de um terço da mão de obra brasileira, ou 31,3 milhões de pessoas. Desse grupo, cerca de 52,4% se identificaram como pardos e 32,8% como brancos.
Homens seguem recebendo mais do que mulheres
Ainda de acordo com o Censo, o rendimento mensal médio de todos os trabalhos dos homens (R$ 3.115) superou em 24,3% o das mulheres (R$ 2.506). Em qualquer nível de instrução, os homens ocupados recebiam rendimentos mensais superiores aos das mulheres ocupadas.
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A maior diferença estava no nível superior completo. Os homens com diplomas recebiam em média R$ 7.347, enquanto as mulheres trabalhadoras recebiam R$ 4.591. O nível de ocupação dos homens também supera o das mulheres, por 62,9% a 44,9%.
O cenário também se repete pela idade. Segundo o IBGE, ao longo de todas as faixas etárias o nível de ocupação dos homens era superior ao das mulheres. Na população com 35 a 39 anos, o nível de ocupação dos homens atingiu 82,6%, enquanto o das mulheres ficou em 63,6%. No nível de ocupação inicial, de 14 a 17 anos, o nível de ocupação dos homens chegou em 13,2%, enquanto o das mulheres ficou em 9%.
População amarela ganha mais
O recorte por cor e raça mostrou que os salários mais elevados estão na população que se considera amarela (R$ 5.942) e branca (R$ 3.659), acima da média nacional de R$ 2.851. Em seguida vinham as categorias de cor parda (R$ 2.186), preta (R$ 2.061) e indígena (R$ 1.683).
No caso dos níveis de instrução, a maior discrepância ocorreu no nível superior completo. Amarelos recebiam em média R$ 8.411, seguidos por Brancos (R$ 6.547), Pardos (R$ 4.559), Pretos (R$ 4.175), Indígenas (R$ 3.799).