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Fundos sustentáveis crescem 48% em ano de COP30, mas representatividade é tímida

Especialista afirma que investidores que apostam nesses produtos pensam em resultados de longo prazo

Os fundos de investimento sustentável (IS) alcançaram um patrimônio líquido (PL) de R$ 36,8 bilhões em julho de 2025, uma alta de 48,4% em comparação a dezembro de 2024 e de 89% se comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Nos fundos IS, a renda fixa representa a maior fatia de mercado, com R$ 23,8 bilhões, cerca de 65% do total. O salto da renda fixa no segmento foi de 170,7% em relação a julho de 2024.

A captação líquida de quase R$ 8 bilhões neste ano já ultrapassou o total do ano passado. Apesar do saldo positivo, os fundos IS ainda enfrentam desafios e representam apenas 0,37% do PL total da indústria.

“A quantidade de fundos, a base de cotistas e o PL continuam crescendo, o que é ótimo”, destacou Carlos Takahashi, diretor da Anbima e coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade, em entrevista à Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). “Mas segue como um mercado de nicho, mesmo na perspectiva dos gestores, o que implica numa curva de aprendizado mais ampla. Continua o desafio de letramento, tanto dos investidores quanto dos profissionais”, afirma.

O levantamento da Associação indica que há predominância de fundos com objetivo ligado à questão ambiental, cerca de 72%. Mesmo assim, o executivo acredita que a indústria deveria alinhar também um foco maior na pauta social. “Precisamos fazer a transição para uma economia limpa sem deixar ninguém para trás.”, comentou.

Com Estadão Conteúdo

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