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Indústria mineira considera tarifaço de Trump como ‘positivo’ para Brasil

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, acredita que a disputa comercial entre China e Estados Unidos pode beneficiar a compra de produtos brasileiros no mercado chinês e estadunidense

Presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, diz que vê as tarifas anunciadas na quarta-feira (2) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “positivas” para o Brasil.

O “tarifaço”, na verdade, afeta diversos países e não só o Brasil. Trump disse que as medidas serão aplicadas para “amigos e inimigos” dos EUA.

Enquanto Brasil, Colômbia, Chile, Austrália e Reino Unido foram os menos taxados, com 10%, a China, por exemplo, recebeu uma taxação de 34% em cima de seus produtos.

Para Roscoe, diante deste cenário, o Brasil terá uma “vantagem competitiva” diante dos concorrentes, podendo conseguir também diminuir a taxação em cima do aço. “Fora o aço, o resto dos produtos ter ficado a 10% abriu o caminho, na minha leitura. Um caminho mais fácil para jogar a tarifa do aço também para 10%. Se isso ocorrer, teremos uma vantagem e podemos até expandir nossas importações para os Estados Unidos”, afirmou.

Em março deste ano, os Estados Unidos colocou em vigor a taxa de importação de 25% sobre o aço e alumínio enviados pelo Brasil, Canadá e México.

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Guerra Comercial

Em retaliação às tarifas de 34% dos EUA, a China também anunciou uma taxação na mesma proporção de produtos estadunidenses.

O presidente da FIEMG acredita que com a guerra comercial entre os dois países, o Brasil também pode levar a melhor.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.