Amigas e amigos do Agro!
Quase que semanalmente temos falado da situação crítica que o produtor rural tem vivido situações difíceis e sem volta na agropecuária brasileira.
Clima adverso, instabilidade dos preços no mercado e altos custos dos insumos.
Os juros batendo no teto e a quase ausência do seguro rural vão derrubando inclusive grandes empresas que estão quebradas ou tentando recuperação judicial.
No agro, a não ser em raras épocas, um produtor tem 20% de lucro após comercializada sua produção.
O endividamento dos que arrendam terras é alarmante e eles não conseguem mais honrar seus compromissos.
E estas palavras não são minhas! São do diretor do Departamento de Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central, Claudio Filgueiras, em audiência pública no Senado Federal.
Segundo Filgueiras, o agricultor que financia 100% de sua lavoura não consegue pagar qualquer empréstimo que venha fazer, principalmente se ele alugar terras.
Com a taxa Selic a 15%, agora sou eu que estou afirmando, nenhum banco empresta dinheiro a menos de 22% ao ano, chegando a 25%, dívida impagável!
E mesmo aqueles que são proprietários das terras correm altíssimo risco de não pagar os bancos se houver qualquer contratempo.
Veja a situação do seguro rural: representantes dos produtores pediram R$ 5 bilhões para um seguro que atendesse bem a agropecuária.
Pedido negado pelo governo federal!
Havia uma verba de R$ 1 bilhão destinada ao seguro, mas R$ 450 milhões foram cortados sem nenhum aviso prévio.
Os bancos foram fazendo seguro subsidiado contando com o retorno desse dinheiro, o que não aconteceu.
Vieram as primeiras prestações e os bancos lançaram na conta do produtor a parte que era do governo.
São coisas inacreditáveis!!!
Estão brincando com nossa fábrica de alimentos!
Itatiaia agro, Valdir Barbosa.