Amigas e amigos do Agro!
Enquanto o presidente Lula vai alinhando os detalhes finais para o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, o presidente da França, Emmanuel Macron, trabalha de forma paralela para impedir a assinatura que deve acontecer no dia 20 de dezembro.
Cento e quarenta e cinco deputados europeus assinaram um documento buscando conseguir um novo adiamento, entretanto, a própria presidente da União Europeia, Ursula Von der Leyen, já se posicionou contra e afirmou que não há legalidade nesse caso.
Alemanha e Espanha são lideranças favoráveis ao acordo. Holanda, Irlanda e Áustria estão em cima do muro. Hungria e Polônia se posicionam contra o acordo.
O presidente Macron tem sido pressionado incessantemente pelos agropecuaristas franceses, que são os maiores produtores da União Europeia.
Ele reafirmou no final da semana que várias regras de proteção ainda deverão ser aplicadas nesse acordo, e agora busca parceria com a Itália para continuar protelando essa assinatura, que, segundo o presidente Lula, está marcada para 20 de dezembro em Brasília.
A verdade é que essa nova rota do comércio mundial ainda vai trazer muitas incertezas até que haja um realinhamento entre os grandes países que dominam a produção, as compras e as vendas do mercado internacional.
O Brasil mesmo está aguardando uma investigação da China, que deve na quarta-feira (26) anunciar um conjunto de regras sobre a compra de carne bovina, no sentindo de proteger seus produtores e a sua indústria.
Trump retirou o tarifaço de alguns produtos brasileiros porque não suportava mais o crescimento da inflação da carne e do café, principalmente.
Só que a qualquer momento, Trump vai investir contra outros produtos brasileiros e o etanol com certeza é um de seus principais alvos.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa.