Por pouco o ex-deputado federal Franco Cartafina não assumiu, no início de julho, a vice-presidência da MGI Participações, estatal mineira responsável por administrar os imóveis de propriedade do Estado. O nome de Cartafina havia sido indicado e já alinhavado na alta cúpula do governo Zema, mas, aos 45 do segundo tempo, a Advocacia-Geral do Estado (AGE) orientou, de forma informal durante uma reunião, que a nomeação do ex-parlamentar poderia ser inviabilizada pela Lei das Estatais.
A orientação da AGE não foi registrada em documentos, mas interlocutores ligados ao governo mineiro afirmaram à coluna que a manifestação foi decisiva para o recuo na nomeação de Cartafina. Segundo os técnicos da advocacia, o nome do ex-deputado estaria inviabilizado porque ele disputou, no ano passado, a reeleição à Câmara Federal.
Pela Lei das Estatais, pessoas que participaram da coordenação de campanhas políticas nos últimos 36 meses ficam proibidas de assumir cargos de direção em estatais e nos conselhos de administração das empresas públicas.