Além da pressão do Partido Progressistas, de Arthur Lira, para assumir o comando da Caixa Econômica Federal, a “falta de traquejo político” da ex-presidente da estatal, Rita Serrano, também contribuiu para que ela perdesse o cargo.
Deputados da base e da oposição reclamavam, constantemente, que não estavam sendo atendidos pela gestora. Em meados do ano, quando foi ventilada a possibilidade de queda de Serrano, o fato de ela não atuar de forma política já vinha sendo elencado como um problema, como foi adiantado pela coluna. O mesmo ponto foi o calcanhar de Aquiles ex-jogadora de vôlei, Ana Moser, que perdeu o Ministério dos Esportes para o deputado federal André Fufuca (PP).
No caso de Serrano, a demora para a liberação de recursos, a resistência a demandas políticas e um anúncio atrapalhado de taxação do Pix (sobre o qual o governo voltou atrás) formaram um tripé fatal.
Nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, que é funcionário de carreira da instituição substituirá Rita Serrano, que comandava a Caixa desde o início da gestão do petista. O nome de Carlos Antônio Vieira Fernandes foi pelo PP que também reivindica as vice-presidências do banco. Por ironia do destino, os mesmos que cobram indicações técnicas não suportam conviver com um quadro técnico que não faça política.