O problema da esquerda de não ter uma liderança para suceder o presidente Lula no cenário eleitoral pode estar chegando ao fim. O ministro da justiça, Flávio Dino (PSB), tem aterrorizado a direita e empolgado a esquerda, inclusive a militância petista. A condução das medidas após os ataques de 8 de janeiro e a briga pela regulação das Big Techs (grandes empresas de tecnologia como o Google e o Twitter) têm colocado Dino no centro dos principais debates nacionais. O ex-governador do Maranhão é filiado ao PSB, mas integrou os quadros do PC do B e do próprio Partido dos Trabalhadores.
O peesebista é juiz e cotado para uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante o Governo Lula, mas caso opte pelo projeto político, ao que tudo indica, terá apoio para avançar. “O Dino tem animado a militância. Os petistas estão adorando”, disse um parlamentar do PT à coluna.
Vingadores
Além do enfrentamento político, que tem aumentando a expressão de Dino, o toque de “humor” e “carisma”, segundo outra fonte petista, que conversou com a coluna, estão chamando a atenção. Em um dos episódios, o ministro postou um
Sala de Justiça
Uma curiosidade é que, além do meme, a lista de transmissão pela qual o ministério envia informações para imprensa no whatsapp tem um nome peculiar “Sala de Justiça”, uma referência a “Sala de imprensa”, mas também o mesmo nome dado ao quartel-general de super-hérois como Superman, Batman, Aquaman e Mulher Maravilha.
Homem de confiança
Como todo líder político, Dino tem uma figura que é confiança “até embaixo d´agua”. Em cinco meses de governo, o fiel escudeiro do ministro, o jornalista Ricardo Capelli, já cumpriu duas missões: foi interventor do Distrito Federal, quando o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado, e assumiu o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) quando o General Gonçalves Dias deixou o cargo.
Combo
O combo de características apresentadas por Flávio Dino, aliado ao fato de ele ser do nordeste, região fundamental para a vitória da esquerda nas últimas eleições presidências, está credenciando o peesebista para uma eventual candidatura à presidência da República em 2026.