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Um parte expressiva dos deputados não esconde a insatisfação com a forma como o governo se relaciona com a casa. Temendo perder a independência, eles se recusam a apoiar o candidato governista à presidência da Assembleia Legislativa. O temor dos parlamentares é que a Assembleia perca a autonomia e vire um “puxadinho da Cidade Administrativa”. Nesse cenário, a perda de apoio do PL, após a confusão envolvendo o comandante, fez com que o governo repensasse a estratégia, podendo desistir da candidatura de Andrade, para apostar na construção de um nome de consenso para a presidência do legislativo.
Dentre os motivos de insatisfação, os deputados citam o fato do governo negociar recursos e obras direto com os prefeitos, ignorando os deputados como interlocutores. Na articulação para a presidência da casa, os legisladores relatam que os novatos, que ainda nem tomaram posse, foram priorizados na articulação e já negociaram, inclusive, o recebimento de emendas. E, por fim, os parlamentares afirmam que impera a máxima “aos que são da base tudo, aos que não são nada”, o que segundo os deputados atrapalha as construções coletivas. Os representantes do governo reafirmam que trabalham para estabelecer e manter o diálogo, o que inclui investir em uma candidatura de consenso. Integrantes do executivo também negam haja desentendimento entre o secretário de Governo, Igor Eto, e o vice-governador, Mateus Simões.