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Minas descarta morte por intoxicação por metanol divulgada pelo Ministério da Saúde

Secretaria de Saúde confirma que o governo federal registrou o mesmo caso duas vezes; todas as suspeitas de intoxicação no estado foram descartadas

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou à Itatiaia que a morte suspeita por intoxicação por metanol, divulgada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (13), em Açucena, foi um erro do governo federal. Segundo a pasta, o Ministério lançou o mesmo caso duas vezes.

A ocorrência se refere à morte de um homem de 26 anos, morador de Açucena, que foi transferido para Ipatinga, ambas as cidades no Vale do Aço. No atendimento, o teste deu negativo, descartando a hipótese de intoxicação por metanol em Minas Gerais.

Desde o início das investigações, três casos suspeitos de intoxicação foram descartados no estado. As notificações investigadas eram de Belo Horizonte, Poços de Caldas e da suposta morte em Ipatinga, que acabou sendo registrada duas vezes, como se fosse também de Açucena.

Metanol no Brasil

Conforme o novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira (13), há 213 notificações por suspeita de intoxicação por metanol, desses, 32 casos foram confirmados e 181 investigações em andamento.

Outras 320 ocorrências foram descartadas.
Os casos confirmados estão nos seguintes estados:

  • São Paulo (28)
  • Paraná (3)
  • e Rio Grande do Sul (1).

Sobre os casos em investigação, a maioria é de São Paulo, com 100 registros.

Prisões e linhas de investigação

O estado de São Paulo já registrou 51 prisões por venda irregular ou adulteração de bebidas neste ano. São 30 desde o dia 29 de setembro, quando as ações foram intensificadas com a instauração do gabinete de crise para investigar os casos de intoxicação por metanol.

As prisões mais recentes aconteceram entre sexta (10) e sábado (11), em Hortolândia e em Tatuí, cidades do interior paulista, onde também foram apreendidas mais de 10 mil garrafas. A Polícia Civil de São Paulo acredita que o metanol usado em bebidas adulteradas pode ter sido adquirido em um único posto de gasolina. No fim da semana passada, o secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite, afirmou que os adulteradores podem ter comprado o metanol pensando se tratar de etanol para adulterar as bebidas.

Metanol

Mas afinal, o que é o metanol? Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, é um “composto orgânico da família dos álcoois, sendo líquido à temperatura ambiente”.

O metanol é inflamável e incolor e tem grande potencial de intoxicação. Quando consumido, mesmo em doses pequenas, pode levar à morte. O envenenamento pela ingestão do composto é causado pela interação das enzimas hepáticas e o metanol, que formam o formaldeído e o ácido fórmico.

Embora seja usado em pequenas quantidades na natureza, podendo ser encontrado em frutas, vegetais e até produzido pelo corpo humano em baixíssimas doses, o metanol é altamente tóxico em concentrações elevadas.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Mineira de Resende Costa, Campo das Vertentes. Jornalista formada pela UFSJ, já trabalhou na Rádio Emboabas de São João del-Rei. Na Itatiaia, é editora do Jornal Itatiaia Primeira Edição e do Jornal da Tarde. Além de repórter, principalmente em Cidades