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Metanol: ‘Quem espalhar fake news pode responder criminalmente’, diz PC

Áudios contendo informações falsas sobre supostas intoxicações por metanol em Minas Gerais têm circulado nas redes sociais

No Brasil, a disseminação de fake news pode ser considerada um crime, que pode ser punido conforme o Código Penal e outras leis específicas

Os casos de intoxicação por metanol presente em bebidas alcoólicas destiladas adulteradas em alguns estados brasileiros têm causado medo na população. E na esteira do problema, algumas pessoas têm se aproveitado do temor para divulgar fake news sobre o tema. Porém, a Polícia Civil de Minas Gerais (PC) avisa que esse tipo de conduta pode resultar em ações criminais para quem espalhar notícias falsas.

A Itatiaia entrou em contato com a PC, na tarde desta sexta-feira (3), e a corporação afirmou ainda não ter sido acionada em relação às fake news sobre intoxicações por metanol. Por outro lado, ressaltou que, se identificados, os responsáveis pela reprodução de desinformação poderão responder criminalmente.

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Fake news circulam nas redes sociais

Alguns áudios contendo informações falsas têm circulado nas redes sociais nas últimas horas. Um deles, trata de supostos casos de contaminação por metanol registrados no Hospital João XXIII, localizado na Área Hospitalar, Região Centro Sul de Belo Horizonte.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) desmentiram os boatos, em nota publicada na tarde desta sexta-feira (3).

Em um áudio que circula nas redes sociais, uma pessoa atribui falas ao coordenador do serviço de toxicologia do hospital, dizendo que o hospital recebeu pacientes intoxicados por metanol e afirmando que as pessoas não devem consumir nenhum tipo de bebida alcoólica nos próximos dias. Na gravação, o homem afirma, ainda, que não há tratamento disponível para todos os casos que surgirão nos próximos dias.

Porém, os órgãos de saúde de Minas Gerais negaram a veracidade do que é dito no áudio, apontando que não há pacientes internados por suspeita de intoxicação por metanol e reforça que o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox/MG) segue disponível 24h para orientação técnica e assistência a possíveis casos de intoxicação.

Leia a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) esclarecem que não são verdadeiras as informações que circulam em áudio nas redes sociais atribuídas ao coordenador do serviço de Toxicologia do Hospital João XXIII. Até o momento, não há pacientes internados na unidade por suspeita de intoxicação por metanol.

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox/MG) segue disponível 24h para orientação técnica e assistência a possíveis casos de intoxicação. A SES-MG recomenda à população não ingerir bebida de procedência duvidosa. Em caso de sintomas (náusea, vômito, dor abdominal, alteração visual, sonolência), a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.”

Hospital Orizonti também desmente boatos

O Hospital Orizonti, localizado no bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, também desmentiu que tenha recebido pacientes intoxicados por metanol em nota enviada à Itatiaia, na tarde desta sexta-feira (3).

As informações falsas têm sido reproduzidas em áudios que circulam nas redes sociais. Em uma das gravações, um homem afirma que cerca que 12 jovens deram entrada no hospital com intoxicação causada por metanol e que um deles teria morrido.

O Hospital Orizonti, porém, nega a informação e lamenta a disseminação de fake news. Leia a nota na íntegra:

“O Hospital Orizonti esclarece que, até o momento (03/10), não há registro de atendimento a pacientes com diagnóstico de intoxicação por metanol em nossa unidade. Repudiamos veementemente a disseminação de informações falsas e reforçamos nosso compromisso com a verdade e a segurança de nossos pacientes. Nossa equipe permanece vigilante, preparada e em contínuo acompanhamento dos alertas emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde.”

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.
Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), é editor-multimídia na Itatiaia. Trabalhou durante 10 anos no jornal Estado de Minas, onde foi estagiário, repórter, capista, subeditor e editor-assistente do em.com.br e do portal UAI. Também colaborou com matérias para o portal UOL e foi assessor de imprensa no Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).