O Ministério da Saúde enviou uma nota técnica aos estados e municípios com orientações atualizadas sobre o atendimento e a notificação de casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
O documento estabelece novos critérios para confirmação dos casos, além de detalhar o fluxo de análise laboratorial, os procedimentos para solicitação de insumos e a notificação imediata ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).
Entre as principais mudanças, a confirmação dos casos passa a considerar o histórico de ingestão de bebida alcoólica, o quadro clínico e achados laboratoriais compatíveis.
Em relação aos casos suspeitos, o ministério recomenda a definição quando houver persistência ou piora dos sintomas entre 6 e 72 horas após o consumo.
A nota também orienta que cada estado defina o laboratório responsável pelas análises, priorizando os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) ou os institutos de polícia científica.
Nos locais sem capacidade técnica, as amostras devem ser encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que as enviará ao CIATox-Campinas.
Casos confirmados
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registra 24 casos confirmados de intoxicação por metanol e cinco mortes, todas em São Paulo. Outros 235 casos estão em investigação.
Na quinta-feira (9), o Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol, usado no tratamento de intoxicações por metanol.
Segundo a pasta, a distribuição do antídoto já foi iniciada. 1,5 mil unidades foram enviadas aos estados. São Paulo foi o primeiro a receber 288 unidades do medicamento, em razão do elevado número de casos.
