Claviane Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após uma intoxicação causada pela ingestão da planta Nicotiana glauca, conhecida como fumo-bravo ou
Claviane chegou a ser reanimada e levada ao pronto-socorro da cidade, onde permaneceu internada desde o dia 8 de outubro, mas não resistiu.
Parte da planta foi encontrada na arcada dentária da vítima e encaminhada para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
O velório é realizado na Funerária do Baiano, na cidade de Guimarânia, no Alto Paranaíba de Minas. O sepultamento está previsto par 17h, no cemitério municipal.
O marido de Claviane também foi intoxicado e segue internado em estado grave na UTI da Santa Casa de Patrocínio. Outro homem, de 64 anos, permanece internado, mas apresentou melhora nas últimas horas. Já um idoso de 67 anos, que também passou mal, recebeu alta médica na quinta-feira (10), um dia após o ocorrido.
Entenda o caso
A intoxicação ocorreu quarta-feira (8), durante um almoço em família em uma chácara na zona rural de Patrocínio. Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas — três homens e Claviane — passaram mal após ingerir a planta tóxica.
No momento do socorro, as vítimas chegaram a sofrer parada cardiorrespiratória, mas foram reanimadas pelos bombeiros e encaminhadas em estado grave para a Santa Casa e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Uma criança de 2 anos também foi levada ao hospital, mas apenas para observação, já que não chegou a ingerir a planta.
Planta Nicotiana glauca
Conforme informações da Universidade Federal de São João del-Rei, a Nicotiana glauca é da mesma família da Nicotiana tabacum, nome científico da folha do fumo. Porém, a anabasina — substância presente na falsa couve — é cinco vezes mais potente que a nicotina, e a ingestão da folha causa um quadro sério de intoxicação. Seus primeiros sintomas são vômito e mal-estar, mas ela ainda pode causar a perda dos movimentos das pernas e até parada respiratória.
(Sob supervisão de Rômulo Ávila)