‘Lula quer prudência nas negociações’, diz Haddad sobre tarifaço de Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda acredita no diálogo para reverter o tarifaço dos Estados Unidos

Lula tem aprovação de 41% e desaprovação de 54%, segundo Ipespe | CNN Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom de prudência nas negociações com o governo dos Estados Unidos sobre a taxação, determinada pelo presidente Donald Trump, para os produtos importados pelo país.

Em conversa com jornalistas, nesta quinta-feira (10), na saída do Ministério da Fazenda, Haddad destacou que os canais diplomáticos dos dois países estão em negociação.

“O que o presidente está recomendando é muita prudência. Os canais diplomáticos estão abertos, as conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo, com o secretário que cuida do comércio exterior. Está em curso. Como vocês sabem, a América do Sul teve um tratamento diferenciado, no conjunto de propostas da semana passada. Nesta semana, as coisas mudaram de novo e a tarifa mais alta só ficou valendo para a China. Então, nós temos que aguardar um posicionamento final para saber como proceder”, afirmou ele.

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Haddad destacou que não é possível precisar o impacto das medidas para a economia brasileira, tendo em vista os recuos feitos por Donald Trump.

“Como as coisas mudam a cada 24 horas no plano internacional, não há uma diretriz clara, e as pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, nesses poucos dias transcorridos, de fazer uma avaliação criteriosa. Qualquer coisa que eu disser aqui pode ser desmentido amanhã a depender dos desdobramentos”, ponderou Haddad.

O Brasil foi sobretaxado em 10% pelos Estados Unidos para todos os produtos importados pelo país.

A mesma tarifa foi imposta aos demais países que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos.

Trump decidiu, na quarta-feira (10), aumentar a taxação da China, que chegou a 145%.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.

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