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Excesso de velocidade: multa não é a única consequência

Andar acima da velocidade máxima permitida aumenta consumo de combustível e risco de morte no trânsito

Estudos apontam que redução de velocidade traz benefícios para a sociedade

O excesso de velocidade é a infração mais cometida pelos motoristas brasileiros: ser flagrado acima da máxima permitida na via pode custar ao motorista até R$ 880,41 e suspensão do direito de dirigir.

Mas existe um jeito muito simples de não ser flagrado pelo radar: não viole a lei de trânsito.
Mas existem outros motivos para o motorista se conscientizar de que andar em velocidade compatível com a via é uma ótima prática.

A primeira é aliviar o bolso: quanto mais veloz o carro vai, maior o consumo de combustível. Isso porque a resistência do ar se intensifica de forma desproporcional à velocidade do carro, ficando cada vez mais intensa. Consequentemente, mais força é exigida do motor.

Países como a Holanda já têm em pauta o debate que visa limitar a velocidade máxima em rodovias para diminuir o consumo e, consequentemente, a emissão de poluentes.

Alta velocidade mata

A Alemanha é conhecida mundialmente pelas autobahn, suas rodovias com trechos sem limites de velocidade. Onde há limite, é de 130 km/h.
Mas até mesmo no país europeu já se iniciou o debate para estabelecer 100 km/h como a máxima admitida. Estudos apontam que as ocorrências poderiam ser reduzidas em até 70% caso esse limite se tornasse padrão.

Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo que apontou que 1,25 milhão de pessoas morrem anualmente em vias de tráfego. Segundo o levantamento, 40 a 50% dos motoristas ultrapassam os limites de velocidade impostos.

Já pesquisas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e do New York City Department Of Transportation apontam que quando um pedestre é atropelado a 60 km/h, a chance de o acidente ser fatal é de 98%; enquanto, se ele ocorrer a 40 km/h, essa porcentagem cai para 35%.

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Felipe Boutros sempre foi fã de carros: cresceu lendo as revistas do gênero e fez jornalismo para atuar no setor - no qual está há 20 anos. Cobriu os principais salões do automóvel do mundo. Trabalhou nos jornais O Tempo, Hoje em Dia e, hoje, é editor-chefe no AutoPapo. Na Itatiaia, colabora com a seção Auto!