Coleção insana de Ferraris raras vai a leilão nos EUA e deve gerar cifras milionárias

Acervo contém carros icônicos e raros, como a santíssima trindade formada pelos modelos F40, Enzo e LaFerrari

Uma das coleções privadas mais impressionantes de Ferraris dos últimos anos será oferecida em um leilão nos Estados Unidos no mês que vem. O acervo, repleto de supermáquinas com baixíssima quilometragem, inclui ícones, como F40, Enzo, LaFerrari, F12 TDF e 812 Competizione, além de outros modelos raros da marca italiana.

Os 46 carros foram colocados à venda pela família do empresário norte-americano Phil Bachman, que morreu em agosto deste ano aos 88 anos. Boa parte desses bólidos rodou menos de 500 quilômetros desde zero — algo praticamente impossível de encontrar hoje em exemplares modernos da Ferrari, que normalmente são guardados como investimento e raramente aparecem juntos, à venda, no mesmo evento.

O leilão será conduzido pela Worldwide Auctioneers durante a Scottsdale Auction, no estado do Arizona, entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2026. Embora as leiloeiras não divulguem estimativas oficiais para cada lote, especialistas do mercado afirmam que apenas o trio “santo graal” — F40, Enzo e LaFerrari — sozinho pode superar facilmente os US$ 10 milhões em arremates somados (mais de R$ 50 milhões em conversão direta).

A coleção também conta com um exemplar da Ferrari FXX 2006, um supercarro criado para testar novas tecnologias de novos modelos da marca. Apenas 30 unidades do modelo foram produzidos, sendo a do acervo a única na cor amarela.

Ferrari FXX do acervo que vai a leilão em janeiro

O que chama a atenção, além da conservação quase impecável, é a curadoria: não é uma coleção genérica de supercarros, mas um recorte da evolução das Ferraris de rua, passando por gerações sucessivas de modelos topo de linha, todos com especificações extremamente desejadas.

Para o Brasil, onde as importações oficiais e extraoficiais de Ferrari ganharam mais visibilidade nos últimos anos, esse tipo de acervo reforça a tendência de supercarros como ativo financeiro. Mesmo por aqui, modelos modernos raros têm sido usados por investidores como proteção patrimonial “portátil”, especialmente em coleções privadas que não aparecem na mídia.

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Guilherme Silva gosta do meio automotivo desde que se conhece por gente, mas começou a trabalhar no setor por acaso. São mais de 15 anos de experiência na área, com passagens por iCarros, Carsale, Webmotors, KBB e Mobiauto, além de ter colaborado com as tradicionais revistas Autoesporte, Motor Show e Quatro Rodas, produzindo matérias de diferentes temas e cobrindo eventos e salões no Brasil e no exterior.

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