A gasolina comum fechou outubro com alta média de 0,4% no país, de acordo com o Monitor de Preço de Combustível, levantamento mensal da Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O resultado vai na contramão do anúncio da Petrobras — feito no fim do mês passado — de redução de 4,9% no valor do combustível vendido às distribuidoras. Segundo o estudo, os efeitos do reajuste deverão aparecer apenas nos dados de novembro.
O preço médio nacional da gasolina comum no período foi de R$ 6,296 por litro. As regiões Norte (R$ 6,693) e Centro-Oeste (R$ 6,402) registraram as maiores médias, enquanto Sudeste (R$ 6,149) e Sul (R$ 6,322) tiveram os menores valores. Entre as variações regionais, a maior alta veio justamente do Centro-Oeste, com avanço de 1,0% em outubro.
Entre os principais combustíveis monitorados, o etanol hidratado teve a maior alta no mês: 0,8%. O preço no Centro-Oeste também se destacou neste caso, com avanço de 3,1%. Já o diesel S-10 registrou leve queda de 0,1%, com preço médio de R$ 6,160 por litro. Sul (-0,3%) e Norte (-0,2%) concentraram as maiores quedas regionais.
Na comparação anual (12 meses), quase todos os combustíveis subiram: etanol hidratado (+6,5%), gasolina comum (+1,9%), gasolina aditivada (+1,9%), diesel comum (+0,4%) e diesel S-10 (+0,5%). A exceção foi o GNV, que manteve leve recuo de 0,1%.
Segundo a análise, os números de outubro refletem fatores específicos de mercado, ligados sobretudo à dinâmica de produção e distribuição de biocombustíveis. O câmbio, a política de preços e a carga tributária permaneceram estáveis.
Gasolina ainda é mais vantajosa para abastecer
O estudo também comparou a relação de custo-benefício entre etanol e gasolina. Em outubro, o preço médio do etanol equivalia a 72,4% do valor da gasolina nas unidades da federação. Nas capitais, o índice foi de 72,7%. Como ambos ficaram acima do limite de referência de 70%, a gasolina segue sendo a alternativa economicamente mais vantajosa na maior parte do país — especialmente no Nordeste e no Norte.
Há exceções. Em estados produtores, como Mato Grosso (67,7%), São Paulo (68,1%), Mato Grosso do Sul (68,3%) e Paraná (69,5%), o etanol ainda mantém vantagem de preço e tende a ser a opção mais econômica para o motorista.