Em qualquer acidente envolvendo um carro moderno e um antigo, ressurge aquele velho comentário de que os modelos de hoje se desmancham. “Bom é o mais velho com chapa grossa.” Na verdade, este é um equívoco que deve ser rebatido.
Na verdade, o “desmanchar” faz parte das chamadas “zonas de deformação programada”, áreas dos carros modernos feitas para amassarem e absorverem a energia de uma colisão — notadamente na dianteira e na traseira.
O recém-lançado SUV VW Tera, por exemplo, é construído sobre a plataforma MQB, que permite elevada rigidez estrutural e absorção de impactos com eficiência superior. A utilização de aços de ultra-alta resistência em áreas estratégicas da carroceria, como a região do habitáculo onde ficam os ocupantes, garante proteção aprimorada para motorista e passageiros.
Estrutura com diferentes tipos de aço do SUV Tera
Até mesmo os pedestres têm maior grau de proteção em caso de atropelamento em projetos modernos: no capô do Tera, uma combinação de estrutura rígida e uma superfície maleável criam uma espécie de “colchão” que absorve o impacto do corpo contra a carroceria.
Carros antigos: ocupantes que sofrem
Nos carros antigos, em colisões mais fortes, a falta dessas zonas de deformação e de alta resistência fazia com que toda a carroceria recebesse a força do impacto e a transferisse também para os ocupantes, o que aumentava o risco de lesões internas.
Peças que se soltavam inteiras e eram projetadas contra o motorista e passageiros também aumentavam o risco de morte deles.
Segurança ativa
Mas além de serem mais seguros em caso de colisão, projetos novos também são mais eficientes em prevenir que o acidente aconteça e diminuir ainda mais as chances de ferimentos nos ocupantes, com dispositivos de segurança ativa como ADAS, airbags frontais, laterais e de cortina e até mesmo equipamentos triviais como faróis.
Estes equipamentos estão cada vez mais democratizados e presentes até mesmo em versões de entrada de alguns lançamentos mais modernos.