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‘Carro bom é o antigo que não amassa’ é mito que deve acabar

Modelos mais novos recebem grandes investimentos em engenharia e tecnologia para mitigar danos aos ocupantes

Carros modernos como o VW Tera tem zonas de deformação para absorver impacto

Em qualquer acidente envolvendo um carro moderno e um antigo, ressurge aquele velho comentário de que os modelos de hoje se desmancham. “Bom é o mais velho com chapa grossa.” Na verdade, este é um equívoco que deve ser rebatido.

Na verdade, o “desmanchar” faz parte das chamadas “zonas de deformação programada”, áreas dos carros modernos feitas para amassarem e absorverem a energia de uma colisão — notadamente na dianteira e na traseira.

O recém-lançado SUV VW Tera, por exemplo, é construído sobre a plataforma MQB, que permite elevada rigidez estrutural e absorção de impactos com eficiência superior. A utilização de aços de ultra-alta resistência em áreas estratégicas da carroceria, como a região do habitáculo onde ficam os ocupantes, garante proteção aprimorada para motorista e passageiros.

Estrutura com diferentes tipos de aço do SUV Tera

Até mesmo os pedestres têm maior grau de proteção em caso de atropelamento em projetos modernos: no capô do Tera, uma combinação de estrutura rígida e uma superfície maleável criam uma espécie de “colchão” que absorve o impacto do corpo contra a carroceria.

Carros antigos: ocupantes que sofrem

Nos carros antigos, em colisões mais fortes, a falta dessas zonas de deformação e de alta resistência fazia com que toda a carroceria recebesse a força do impacto e a transferisse também para os ocupantes, o que aumentava o risco de lesões internas.

Peças que se soltavam inteiras e eram projetadas contra o motorista e passageiros também aumentavam o risco de morte deles.

Segurança ativa

Mas além de serem mais seguros em caso de colisão, projetos novos também são mais eficientes em prevenir que o acidente aconteça e diminuir ainda mais as chances de ferimentos nos ocupantes, com dispositivos de segurança ativa como ADAS, airbags frontais, laterais e de cortina e até mesmo equipamentos triviais como faróis.

Estes equipamentos estão cada vez mais democratizados e presentes até mesmo em versões de entrada de alguns lançamentos mais modernos.

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Felipe Boutros sempre foi fã de carros: cresceu lendo as revistas do gênero e fez jornalismo para atuar no setor - no qual está há 20 anos. Cobriu os principais salões do automóvel do mundo. Trabalhou nos jornais O Tempo, Hoje em Dia e, hoje, é editor-chefe no AutoPapo. Na Itatiaia, colabora com a seção Auto!