Quem tem
Segundo a veterinária Alison Gerken, em artigo publicado na revista científica Popular Science, “os cães formam laços de apego, e esses laços podem parecer muito com os que os bebês humanos estabelecem com seus cuidadores”. Estudos mostram que eles reconhecem seus donos e expressam mais carinho com eles do que com desconhecidos.
A memória também tem papel importante. Mesmo com memória curta limitada, os cães conseguem associar cheiros, vozes e experiências a momentos felizes. Isso explica por que o som da coleira pode antecipar um passeio ou por que um brinquedo entregue ao dono vira um gesto repetido.
No reencontro, o olfato é o primeiro sentido a ser usado. “A primeira coisa que um cão faz é te cheirar”, destaca Gerken. Depois, o ouvido e até a visão entram em ação, reforçando lembranças positivas. Esse processo leva à euforia e os pets correm e brincam sem parar.
A química também entra em jogo. A oxitocina, chamada de ‘hormônio do amor’, aumenta quando o cão e o dono se olham, fortalecendo o vínculo. Pesquisas indicam que quanto maior a ausência, mais intenso é o reencontro, embora, em alguns casos, a agitação possa ser sinal de ansiedade de separação, que precisa de atenção.