Ouvindo...

Tendência de morar com amigos na velhice cresce pelo mundo

Modelo oferece autonomia, amizade e bem-estar como alternativa aos asilos tradicionais

O cohousing, ou moradia compartilhada, vem se consolidando como uma alternativa aos lares de idosos em diversos países. A proposta é simples: viver em comunidade, com amigos ou vizinhos, em espaços planejados para promover convivência, autonomia e qualidade de vida.

Os projetos contam com áreas comuns como jardins, cozinhas coletivas, pátios e salas de convivência. Para os idealizadores, “o verdadeiro luxo não é o mármore nem a piscina climatizada, mas o espaço comum onde os vizinhos decidem e compartilham a vida diária”, disseram em entrevista ao Infobae. Essa visão tem inspirado iniciativas na Europa, Estados Unidos e América Latina.

Leia também

Na Espanha, no projeto Trabensol, moradores reforçam o caráter de comunidade e não de instituição. Em Londres, o grupo OWCH estabeleceu sua própria regra de ouro: “Temos irmãos, filhos, namorados… mas não podem viver aqui”, afirmam entre risadas, enquanto dividem tarefas de cozinha e lazer.

Experiências semelhantes também surgem na Holanda, com casas em torno de pátios, e nos EUA, com vilas onde vizinhos jantam juntos antes de seguir para atividades coletivas, como cinema ou meditação. A mesma ideia também já vem sendo observada na Argentina e no Uruguai.

Estudos reforçam os benefícios dessa escolha. Segundo a Organização Mundial da Saúde, relações sociais sólidas podem aumentar a expectativa de vida em até sete anos e meio, enquanto a solidão eleva riscos de doenças graves.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.