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O fármaco já havia sido aprovado no Reino Unido e no Canadá e agora se torna a primeira terapia aprovada pela FDA para tratar sintomas vasomotores moderados a severos da menopausa. Segundo a empresa, o Lynkuet “age sobre os receptores de neuroquinina 1 e 3", sendo indicado para mulheres que buscam alternativas seguras às terapias hormonais tradicionais.
De acordo com estudos publicados no Jama Internal Medicine, o elinzanetant apresentou redução de até 74% na frequência e intensidade dos sintomas após 12 semanas de uso, enquanto o grupo que recebeu placebo teve melhora de 47%. Ao longo de um ano de tratamento, os efeitos positivos foram mantidos, com melhora também na qualidade do sono e na disposição diária.
A pesquisa envolveu mais de 600 mulheres, com idades entre 40 e 65 anos, na América do Norte e Europa. Os efeitos colaterais foram leves ou moderados, como sonolência e dor de cabeça, e não houve alterações significativas no fígado, endométrio ou densidade óssea, riscos comuns em tratamentos hormonais.
Especialistas afirmam que o novo medicamento pode representar uma revolução no tratamento da menopausa, especialmente para mulheres que não podem ou não desejam recorrer à reposição hormonal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 80% das mulheres sofrem com ondas de calor e suores noturnos, sintomas que podem durar até dez anos e afetar significativamente a qualidade de vida.