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Air fryer ou forno: o que gasta mais energia?

Dados mostram qual aparelho funciona de forma rápida sem pesar na conta de luz

Air fryer

Na rotina da cozinha, é fundamental avaliar se os eletrodomésticos escolhidos se encaixam no orçamento e oferecem bom desempenho sem elevar significativamente a conta de luz. Nesse contexto, surge para muitas pessoas uma dúvida comum: entre o forno e a air fryer, qual aparelho consome menos energia?

Fornos e air fryer

Embora ambos utilizem o ar quente para cozinhar, fornos e air fryer têm funções distintas. A air fryer se aproxima mais de um forno compacto do que de uma fritadeira tradicional. Ela funciona com circulação rápida de ar quente em um compartimento pequeno, garantindo preparo uniforme e mais ágil.

O forno convencional, por sua vez, precisa aquecer um espaço muito maior e manter a temperatura por mais tempo. Quanto maior o volume interno, maior o consumo de energia. Segundo dados da Naturgy, o forno representa cerca de 4% do gasto elétrico total de uma residência ao longo do ano, uma parcela pequena, mas com alta potência de pico, perceptível ao ligar o equipamento.

Consumo médio de energia

De acordo com informações da Xataka, uma air fryer possui potência entre 1.000 e 1.800 watts, equivalente a um consumo aproximado de 0,8 a 1,5 kWh por uso, dependendo do modelo e do tempo de preparo. Já os fornos tradicionais variam entre 2.000 e 5.000 watts, com gasto médio de 1 a 1,5 kWh por uso, podendo ser maior em receitas longas ou em altas temperaturas.

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O tamanho faz diferença

Quando o objetivo é economizar, o tamanho do compartimento é determinante. Esse é o segredo da eficiência da air fryer: o design compacto concentra o calor e reduz o tempo de cozimento. O sistema fechado e a circulação constante de ar permitem atingir até 200 °C em poucos minutos, minimizando perdas de calor e garantindo eficiência em pequenas porções.

Os fornos modernos também evoluíram. Modelos com classificação energética A ou B e tecnologia de convecção interna podem consumir até 60% menos energia que versões antigas. Quando utilizados em sua capacidade total, preparando mais de um prato por vez, o custo por porção se torna bastante competitivo.

Dicas para aumentar a eficiência

A economia de energia não depende apenas do tipo de aparelho, mas também dos hábitos de uso. Evitar abrir o forno durante o cozimento, aproveitar o calor residual e planejar várias receitas em sequência pode reduzir o consumo anual em até 30%.

Além disso, desligar os eletrodomésticos da tomada quando não estiverem em uso ajuda a eliminar o chamado “consumo fantasma”. Optar por equipamentos com boa classificação energética também representa um investimento inteligente. Segundo a Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC), ajustar o uso para horários de tarifa reduzida pode gerar economia entre 9% e 15% ao ano.

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.