Muitas pessoas aguardam
Pesquisas recentes indicam que o problema está em alternar períodos de autocontrole rigoroso com momentos de total permissividade. Esse comportamento, descrito por psicólogos como “licença moral”, leva as pessoas a se permitirem excessos por acreditarem que “merecem” após dias de disciplina, o que dificulta a criação de uma rotina equilibrada.
Entre os hábitos mais prejudiciais estão os exageros com comida, bebida e consumo digital. Estudos citados pela revista científica Psychology Today mostram que até o consumo moderado de álcool pode reduzir a flexibilidade cognitiva e a memória de trabalho. Da mesma forma, refeições ricas em gordura e açúcar impactam o hipocampo, região do cérebro ligada à memória, e aumentam a fadiga.
Outro erro comum é o descanso passivo: passar horas em frente à TV, nas redes sociais ou em maratonas de séries. Segundo Alexander Puutio, pesquisador e professor de Harvard, “deixar-se levar não é o mesmo que descansar”. O cérebro precisa de estímulos novos e desafios leves para manter sua plasticidade, o que pode ser alcançado com leitura, passeios, hobbies ou atividades criativas.
Por fim, o excesso de compromissos também sabota o descanso. Encher o fim de semana com tarefas domésticas, eventos sociais e preocupações com a semana seguinte eleva o estresse e impede o cérebro de se recuperar. Para evitar isso, Puutio recomenda planejar o tempo livre com intenção: “praticar atividades que quebrem a rotina, proteger-se do estresse digital e transformar o fim de semana em um verdadeiro espaço de renovação mental”.