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Em BH, Drauzio fala a médicos sobre impactos da qualidade de vida na longevidade

Médico, comunicador, escritor e corredor, Drauzio Varella esteve em Belo Horizonte para falar sobre a importância de os médicos cuidarem da própria saúde

Draúzio Varella veio a Belo Horizonte para participar de palestra do 20° Encontro de Cooperados da Unimed-BH

Drauzio Varella alertou, nesta quarta-feira (22), sobre a importância dos médicos conciliarem a rotina da profissão com os cuidados com a própria saúde em palestra no 20° Encontro de Cooperados da Unimed-BH, na capital mineira. Parece irônico, mas o profissional que cuida de tantas pessoas nem sempre tem tempo para cuidar de si mesmo. Drauzio, no entanto, avaliou que o médico não pode “acabar com a própria saúde” ao exercer a profissão.

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“A nossa profissão existe para aliviar o sofrimento humano, e a gente precisa estar em boas condições de saúde para isso”, contou. O médico, que também é comunicador e escritor, relatou que começou a correr aos 49 anos, depois que um colega contou para ele que a “decadência do homem começa aos 50 anos”.

“Eu falei: ‘Não, para mim não vai começar aos 50 anos. Preciso fazer uma coisa que mostre para mim mesmo que eu não vou entrar em decadência nessa idade.’(...) Eu falei: ‘Vou correr uma maratona de Nova Iorque’. Porque se eu correr 42 km, eu vou provar para mim mesmo que eu não estou decadente”, afirmou.

De acordo com o Drauzio, os médicos precisam colocar a saúde física e mental em primeiro lugar. Ele contou que existem várias formas de fazer isso, mas o jeito que encontrou foi a corrida. Outras pessoas podem preferir atividades que envolvam a meditação, a caminhada, mas a atividade física é essencial.

Aos 82 anos, Drauzio participa de maratonas uma vez por ano e até já lançou um livro sobre a prática. “Eu sempre quis ser médico, desde criança. Nunca pensei de forma diferente. Fui médico, e sou médico até hoje, e nunca me arrependi, e acho que a medicina trouxe muita coisa boa para minha vida. Mas tem um detalhe: se eu tivesse continuado a fumar e não tivesse começado a fazer exercício, eu não estaria aqui falando com vocês”, pontuou.

O ‘dia 1’ como motor da mudança no estilo de vida

Um estilo de vida saudável, que envolve uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas, é apontado por Dráuzio Varella como essencial para uma vida longa. O médico ressaltou que a prática de atividade física começa com a disciplina. Ele afirmou que não é um processo fácil, já que o corpo tende a sabotar o início.

“Se vocês que não fazem exercício estão esperando disposição para fazer, esqueçam, ela não virá de jeito nenhum. Não virá. Nunca acordei de manhã pensando ‘que bom que eu vou correr’. Nunca, nenhuma vez. Não, o exercício físico é contra a natureza humana. Qual é o animal que desperdiça energia?”

Em entrevista à Itatiaia, o presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, detalhou a importância do primeiro dia para uma transformação efetiva no estilo de vida. “O grande desafio é o dia 1. Mude um hábito e entenda essa mudança. Que é um ganho para você, do ponto de vista de longevidade, de saúde, mas também um ganho para todas as pessoas com quem você está cuidando. Um grande desafio é a mudança. Sabe, assim, a gente entender que em algum momento da nossa vida, a gente precisa mudar. Faça o dia 1” recomendou.

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas