Valdir Barbosa | Brasileiro come mais carne bovina que o americano em 2025

Redução do rebanho americano e tarifaço imposto à carne brasileira inflacionaram o boi nos EUA; por isso, brasileiro pode ter consumo per capta de carne bovina superior ao dos norte-americanos

Carne bovina

Amigas e amigos do Agro!

Um levamento apresentado pelo USDA, órgão dos Estados Unidos similar ao Ministério da Agricultura mostra alterações importantes no consumo mundial de carne bovina.

Em geral está ficando abaixo das previsões para o mercado internacional. Os Estados Unidos, mesmo sendo o maior consumidor no planeta, mostra dois anos de quedas consecutivas.

Em 2022, os americanos consumiram 12,8 milhões toneladas um recorde histórico, caindo em 2023 para 12,6 milhões e, ano passado, mais um tombo, baixando para 11,9 milhões. E, para esse ano, a previsão é de nova queda.

Quadro mostra evolução do consumo de carne de cada país entre os anos de 2019 e 2024

A China, o segundo maior consumidor, subiu o consumo em 26,6% de 2019 até 2024.

Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, os chineses cresceram menos nos últimos três anos.

Como a China, nosso maior comprador, mostra certa estabilidade no consumo e os Estados Unidos indo para o terceiro ano seguido de queda, é bom o Brasil ficar atento na abertura de novos mercados.

O Brasil cresceu 3,5% no consumo de 2019 até 2024. Relevante dizer que o Brasil consome mais carne bovina que a União Europeia, que tem uma população de 450 milhões de habitantes. Também vale lembrar que os europeus comem muito frango, suínos e pescados.

Por aqui, a carne bovina ainda não atingiu as vendas previstas para dezembro, mas os preços apresentam ligeiras altas para o consumidor e devem subir um pouco mais essa semana.

Itatiaia Agro, Valdir Barbosa.

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.

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