Ouvindo...

Como usar a regra do ABCDE para avaliar pintas e manchas na pele

A regra do ABCDE é um método mnemônico que ajuda a identificar características suspeitas em pintas ou lesões de pele

A regra do ABCDE é apenas um guia inicial, a confirmação diagnóstica de um melanoma só pode ser feita por um médico, geralmente um dermatologista

Conhecer os sinais de alerta é um passo importante para detectar o câncer de pele com antecedência. A identificação é essencial para evitar que o câncer se espalhe para outro órgãos. A regra do ABCDE é uma ferramenta amplamente divulgada para ajudar na observação de pintas e manchas.

O melanoma é o tipo de mais grave de câncer de pele, com alta capacidade de se espalhar para outros órgãos, caso não seja detectado e tratado de forma precoce. Esse tipo de câncer se desenvolve nas células que produzem a melanina.

Apesar de ser menos comum que outros tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e o espinocelular, o melanoma é considerado o mais perigoso. Isso, justamente, pelo potencial de crescimento e disseminação.

A principal causa do melanoma é a exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificais, como câmaras de bronzeamento. Outras questões, como fatores genéticos, histórico familiar da doença e um grande número de pintas pelo corpo, também são considerados fatores de risco.

Conheça a regra ABCDE para autoexame da pele

A regra do ABCDE é um ferramenta de triagem que deve ser usada para saber quando procurar um médico. Considerado um método mnemônico, a ferramenta ajuda a identificar características suspeitas em pintas ou lesões de pele que podem indicar um melanoma.

Vale ressaltar que apesar da importância, a regra do ABCDE não é um método de autodiagnóstico. Com isso, apenas um médico poderá diagnosticar o melanoma.

O profissional utilizará equipamentos específicos como o dermatoscópio, para examinar a lesão em detalhes e, se houver suspeita poderá pedir uma biópsia, que é a remoção de um pequeno fragmento da lesão para análise laboratorial.

No método ABCDE, cada letra corresponde a uma característica a ser observada:

A de Assimetria: Geralmente, as lesões benignas (inofensivas) são simétricas. Assim, se você traçar uma linha imaginária no meio da pinta, os dois lados serão parecidos. Já em um melanoma, os lados costumam ser desiguais, ou seja, assimétricos.

B de Bordas: As pintas normais têm bordas lisas e regulares. Sinais suspeitos podem ter bordas irregulares, entalhadas ou mal definidas, como se o pigmento estivesse se espalhando para a pele ao redor.

C de Cor: A maioria das pintas benignas tem uma única tonalidade de marrom. A presença de múltiplas cores na mesma lesão (como diferentes tons de marrom, preto, castanho) ou o aparecimento de áreas brancas, avermelhadas ou azuladas é um sinal de alerta.

D de Diâmetro: As lesões de melanoma são maiores que 6 milímetros de diâmetro (aproximadamente o tamanho da parte de trás de um lápis). No entanto, podem ser diagnosticadas em tamanhos menores.

E de Evolução: Qualquer mudança em uma pinta ou mancha existente é o sinal mais importante. É importante observar se a lesão muda de tamanho, forma, cor, ou se começa a apresentar sintomas como coceira, sangramento ou formação de crostas.

Prevenção e diagnóstico profissional

A prevenção do melanoma é diretamente ligada à proteção contra a radiação UV. Com isso, medidas gerais de prevenção são fundamentais para reduzir o risco de desenvolver a doença.

  • Aplicar protetor solar de amplo espectro (UVA/UVB) com FPS 30 ou superior diariamente.
  • Evitar a exposição solar nos horários de pico, geralmente entre 10h e 16h.
  • Usar roupas de proteção, chapéus de abas largas e óculos de sol.
  • Realizar o autoexame da pele regularmente para identificar o surgimento de novas lesões ou alterações nas existentes.

Se notar qualquer mancha, pinta ou sinal suspeito na sua pele, procure um dermatologista para uma avaliação completa e segura.

*Sob supervisão de Lucas Borges

Leia também

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas